Café da Manhã
Enquanto aguardam pela Fed …

Os mercados financeiros continuam a levar o ouro para máximos, o dólar a perdas enquanto as obrigações ganham e as acções negociam cautelosas, entre ganhos e perdas.
Em véspera da importante reunião da Reserva Federal, com os mercados a descontar já um corte de 25 pontos-base nas taxas dos “Fed funds”, o dólar perdeu e o EUR/USD atingiu um novo máximo dos últimos quatro anos, enquanto o preço da onça de ouro voltou a registar um novo máximo de sempre, ultrapassando os 3.700 dólares e as yields obrigacionistas continuam a cair, com os preços das obrigações a negociarem em alta.
Os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão de ontem em terreno negativo, após os dados das vendas a retalho divulgados, terem-se mostrado acima das expectativas. As vendas em Agosto aumentaram 0,6%, em linha com o aumento do mês anterior e acima dos 0,2% esperados pelos mercados.
O índice Dow Jones recuou 0,27%, o S&P 500 0,13% e o Nasdaq 0,07%, este último interrompendo uma sequência de nove sessões em terreno positivo.
Na Ásia, esta noite, os mercados accionistas negociaram entre ganhos e perdas.
No Japão, após os dados da balança comercial mostrarem que as exportações caíram pelo quarto mês consecutivo, o índice Nikkei terminou a sessão a recuar 0,17% e o Topix 0,71%.
Na Austrália, o índice ASX 200 perdeu 0,67% e o Kospi, da Coreia do Sul, 1,05%, interrompendo uma longa sequência de ganhos desde o primeiro dia deste mês.
Na China, os principais índices terminaram em ganhos, após uma perspectiva de entendimento dos EUA e a China sobre o Tok Tok, que poderá levar a uma abrandamento das tensões entre as duas maiores economias. O índice CSI300 avançou 0,61% e o Shanghai Composite 0,37%, enquanto o Hang Seng ganhou 1,88%.
Na Índia, os principais índices Nifty 50 e Sensex, seguem de momento a avançar 0,38%.
Os mercados accionistas europeus, após perdas significativas durante o dia de ontem, estão a começar o dia de hoje em terreno positivo, em ganhos ligeiros.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar marginalmente 0,06% e o Euro Stoxx 50 0,29%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,52% e o CAC 40, de França, 0,11%.
No Reino Unido, após dados da inflação ligeiramente abaixo das estimativas, o índice FTSE 100 avança marginalmente 0,05%.
No mercado cambial, as expectativas de redução de taxas levaram ontem em antecipação a forte perdas no dólar, com o índice DXY a cair dos níveis de abertura em torno de 97,00 para um mínimo de 96,17, enquanto o EUR/USD voltou a negociar acima de 1,1800 e atingiu mesmo um novo máximo dos últimos quatro anos, atingindo os 1,1878.
O dólar registou perdas face a todas as principais divisas, com o GBP/USD a atingir os 1,3670, um máximo de mais de dois meses, o USD/JPY a cair para um mínimo a 146,28 e o USD/CHF para 0,7856, nível que não era atingido desde Janeiro de 2015.
Enquanto aguarda pelo Fed, o dólar segue de momento a negociar em torno dos níveis de fecho de ontem, com o EUR/USD a negociar de momento a 1,1850, o GBP/USD a 1,3640, o USD/JPY a 146,60 e o USD/CHF a 0,7875.
A libra e o iene japonês seguem a negociar em perdas face ao euro, com o EUR/GBP a cotar de momento a 0,8685 e o EUR/JPY a 173,65.
Já o franco suíço regista ganhos significativos, negociando de momento face ao euro a 0,9325.
Os preços do petróleo voltaram a terminar o dia de ontem em alta, impulsionados por receios de cortes na produção russa devido aos ataques ucranianos às suas refinarias e ajudados por um dólar mais fraco. No final do dia, a divulgação do relatório semanal dos inventários do API que mostrou uma redução de 3,4 milhões de barris, bem acima dos esperados 1,6 milhões e ainda com as reservas de Cushing a voltarem a cair (400.000 barris), deu ainda mais suporte ao preço do crude.
Os preços estão a começar o dia ligeiramente abaixo dos níveis de fecho de ontem, com o Brent a negociar a 68,30 dólares por barril e o WTI a 64,00 dólares.