Café da Manhã
Em véspera de BCE

As preocupações em torno de uma possível crise financeira abranda, as expectativas de subida de taxas de juro nos Estados Unidos recuam, seguindo pouco alteradas na Europa.
Os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão de ontem a recuperar das perdas registadas nos últimos dias, com a instabilidade gerada por receios em torno de uma crise financeira após as falências do SVB e do Signature Bank a abrandar.
Contribuindo ainda mais para a confiança dos investidores esteve a divulgação dos dados da inflação que, desta vez, não revelaram surpresas. O Índice de Preços do Consumidor revelou uma queda nos preços de 6,4% para 6% no mês de Fevereiro, em linha com o esperado, assim como a inflação core que recuou de 5,6% para 5,5%. Apesar destes dados mostrarem a persistência da inflação subjacente, a nova estimativa do mercado aponta para um Fed menos agressivo na sua política monetária, descontando a possibilidade de um um aumento de 25 pontos base, ou nenhum aumento de todo.
O índice Dow Jones ganhou 1,06%, o S&P 500 1,68% e o Nasdaq liderou os ganhos ao subir 2,14%.
Na Ásia, os investidores seguiram o caminho trilhado pelos seus congéneres norte-americanos, com os principais índices a terminarem a sessão de hoje em ganhos.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão com um ganho marginal de 0,03%, pressionado por um iene mais forte.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,86%.
Na China, o índice Shanghai Composite avançou 0,55% e o Hang Seng, de Hong Kong, ganhou 1,52%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 1,31%.
Na Europa os mercados accionistas estão a começar o dia de hoje de volta a perdas, na véspera da reunião do Banco Central Europeu, onde os mercados continuam a contar com um mais um aumento de 50 pontos base.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a perder 1,31% e o Euro Stoxx 50 1,58%.
Na Alemanha, o índice DAX perde 1,21% e o CAC 40, depois da inflação de Fevereiro ter sido revista em alta de 0,9% para 1%, cai 1,82%.
No Reino Unido, em dia de apresentação do orçamento anual, o FTSE segue a perder 1,31%.
No mercado cambial o dólar continua a deslizar mas recua das fortes perdas desta semana. Os dados da inflação, assim como o abrandamento das preocupações em torno do sistema bancário, trouxeram uma recuperação das yields, voltando a dar algum suporte ao dólar.
O índice do dólar, DXY, segue de momento a 103,60, recuperando de mínimos em torno de 103,00, enquanto o EUR/USD volta a negociar abaixo de 1,0700.
A libra continua a negociar em torno dos níveis dos últimos dias, com o EUR/GBP a negociar de momento a 0,8815 e o GBP/USD a 1,2110.
O sentimento de risco a voltar aos mercados financeiros, assim como uma recuperação das yields a nível global, levam as divisas de refúgio, que registaram recentemente ganhos significativos, a recuar.
O USD/JPY volta a negociar acima de 134,00 e o USD/CHF negocia de momento a 0,9185.
O peso mexicano que tem negociado em volatilidade acrescida, volta a negociar em ganhos, com o USD/MXN a cair dos máximos desta semana, perto de 19,20, para os actuais 18,75.
Os preços do petróleo continuam a negociar em perdas significativas com os investidores a continuarem preocupados em torno de uma recessão que possa levar a uma diminuição da procura. No final do dia de ontem, o relatório semanal do American Petroleum Institute também não ajudou, ao mostrar que os inventários aumentaram em 1,15 milhões de barris, depois da redução de 3,8 milhões na semana passada e de um aumento esperado de 550 mil para esta semana.
Os preços seguem de momento acima dos mínimos atingidos ontem, com o Brent a negociar a $78,00 por barril e o WTI a $71,80.
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