Café da Manhã
Entre PMIs e subida de taxas de juro

Café da Manhã Entre PMIs e subida de taxas de juro

Os mercados seguem hoje impactados pela divulgação dos PMIs e pelas expectativas de taxas de juro, continuando atentos ao que se vai passando nas negociações de aumento do limite da dívida norte-americana.

Os dados da actividade divulgados até ao momento mostram um cenário em que o crescimento económico está maioritariamente a ser suportado pelo sector de serviços continua a impulsionar e onde a actividade fabril, de uma maneira geral, continua em terreno de contracção.

Os diversos responsáveis tanto da Reserva Federal como do Banco Central Europeu continuam esta semana no caminho traçado na semana anterior, apontando para a continuação de subidas de taxas de juro tanto deste lado, como do outro lado do Oceano. Bullard do Fed, voltou a apontar para mais 50 pontos de aumento de taxas, enquanto no BCE, até o dove governador do Banco de Espanha, Hernandez de Cos, disse ontem que as taxas na Zona Euro precisam de continuar a subir e ficar em níveis elevados durante mais tempo.

O impasse entre a Casa Branca e os republicanos continua, mas no final da reunião de ontem, tanto Joe Biden como Kevin McCarthy expressaram optimismo sobre o progresso feito, com o último a afirmar que “O tom desta noite foi melhor do que em qualquer outra vez em que tivemos discussões”.

Entretanto, num primeiro dia da semana completamente vazio de dados económicos, os mercados accionistas norte-americanos negociaram entre ganhos e perdas, com o sentimento dos investidores impactado pelas negociações entre Joe Biden e Kevin McCarthy para o aumento do tecto da dívida, que continuam num impasse, e mais comentários de responsáveis da Reserva Federal que continuam a apontar a preferência da continuação de subida de taxas de juro.
Os principais índices de Wall Street terminaram mistos, com o Dow Jones a a recuar 0,42%, o S&P 500 a ficar praticamente inalterado (+0,02%) e o Nasdaq a avançar 0,50%.

Os mercados accionistas na Ásia, apesar dos dados da actividade comercial no Japão terem mostrado forte crescimento e registado um nível recorde no sector de serviços, terminaram a sessão de hoje em perdas.
No Japão, o índice Nikkei recuou 0,42%, enquanto o ASX 200, da Austrália, ficou praticamente inalterado (-0,05%).
Na China, o índice Shanghai Composite liderou as perdas ao cair 1,52%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,33%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi negociou em contraciclo, conseguindo avançar 0,40%.

Na Europa, os investidores seguem pressionados por expectativas de mais subidas de taxas de juro, e as acções continuam a negociar em terreno negativo, com os dados da actividade a mostrarem um aumento do sector de serviços e a actividade fabril a continuar em contracção.
O índice Euro Stoxx 600 recua de momento 0,28% e o Euro Stoxx 50 0,47%.
O índice DAX, da Alemanha, recua 0,14%, enquanto o CAC 40, de França, perde 0,86%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100, segue quase inalterado ao avançar marginalmente 0,07%.

No mercado cambial o dólar continua a negociar em torno dos níveis de abertura da semana, com o índice DXY a cotar em torno de 103,20 e o EUR/USD de 1,0805.
A libra segue praticamente inalterada, recuando ligeiramente face aos níveis de ontem, com o EUR/GBP de momento em torno de 0,8710 e o GBP/USD de 1,2400.
Em perdas, a negociar em torno dos recentes mínimos continua o iene japonês, com o USD/JPY a 138,35 e o EUR/JPY a 149,50.
A continuar a negociar em ganhos segue o dólar neozelandês, a menos de 24 horas da reunião do seu banco central, onde o mercado espera um aumento de 25 pontos na sua taxa básica. O NZD/USD negocia de momento a 0,6270 e o EUR/NZD a 1,7230, em torno de mínimos de dois meses. Face ao dólar australiano, o NZD cota em torno dos recentes mínimos do ano a 1,0560.

Também os preços do petróleo seguem pouco alterados, enquanto os investidores aguardam pelo desfecho das negociações do limite da dívida dos Estados Unidos.
O Brent segue de momento a negociar a $75,80 por barril e o WTI a $71,90.


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