Café da Manhã
Mais inflação e BCE

Preços mais altos nos Estados Unidos não alteraram a dinâmica dos mercados que continuam a aguardar pela decisão de hoje do Banco Central Europeu.
O Índice de Preços do Consumidor, mostrou ontem que os preços nos Estados Unidos aumentaram no mês de Agosto 0,6% em linha com o esperado (a maior subida desde Junho de 2022) com a inflação anual a subir de 3,2% para 3,7%, acima dos 3,6% estimados pelo mercado. Esta subida foi devida essencialmente ao aumento mensal de 10,6% nos preços da gasolina. Sem energia e alimentação os preços registaram um aumento mensal de 0,3%, contra 0,2% esperado, com a medida anual a cair de 4,7% para 4,3%.
Os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão de ontem sem uma direcção bem definida, entre expectativas de taxas de juro inalteradas na próxima semana por parte do Fed e de expectativas de um aumento nas reuniões de Novembro ou Dezembro.
O índice Dow Jones fechou o dia a recuar 0,20%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq avançaram 0,12% e 0,29%, respectivamente.
Na Ásia, os dados da inflação norte-americana, que saíram encostados às estimativas mais altas, levaram os investidores a acreditar que não levem o Fed a voltar a aumentar taxas, levando os principais índices a terminar em ganhos.
No Japão, o índice Nikkei ganhou 1,52% e o Topix 1,13%.
Na Austrália, e depois de fortes números do emprego e com a taxa de desemprego a permanecer nos 3,7%, o índice ASX 200 avançou 0,46%, enquanto na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 1,51%.
Na China, o índice Shanghai Composite avançou 0,11% e o Hang Seng, de Hong Kong, 0,30%.
Os mercados accionistas europeus estão a abrir o dia de hoje cautelosos, sem uma direcção definida, enquanto aguardam pela decisão dentro de algumas horas do Banco Central Europeu relativamente à manutenção ou subida das suas taxas de juro.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,08%, enquanto o Euro Stoxx 50 recua 0,15%.
Na Alemanha, o índice DAX recua 0,22% e o CAC 40, de França, 0,19%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança 0,30%.
O mercado cambial continua em modo de espera, depois dos dados de ontem da inflação nos Estados Unidos em torno dos níveis esperados e aguardando pela decisão de hoje do Banco Central Europeu, relativamente à sua política monetária.
O dólar continua a negociar em torno dos níveis dos últimos dias a 104,35 e o EUR/USD ligeiramente acima de 1,0700 (1,0735).
A libra regista uma ligeira recuperação face ao euro, com o EUR/GBP a voltar a negociar abaixo de 0,8600, enquanto recua ligeiramente face ao dólar ao negociar abaixo de 1,2500 (1,2490).
O iene japonês segue a negociar em torno dos recentes mínimos, com o USD/JPY a cotar de momento a 147,30 e o EUR/JPY a 158,10.
Os preços do petróleo continuam a negociar em alta e a renovar máximos deste ano, depois dos alertas da Agência Internacional de Energia para um défice na oferta, que prevê que a procura supere a oferta em 1,2 milhões de barris por dia durante o segundo semestre deste ano.
Entretanto, o relatório semanal da EIA mostrou um inesperado aumento de 4 milhões de barris, face a uma diminuição esperada de 2 milhões, assim como um aumento dos inventários de gasolina de 5,5 milhões, face a 237 mil esperados.
O Brent segue de momento a negociar a $92,60 por barril e o WTI a $89,20.