Café da Manhã
Confiança de volta aos mercados

A semana prepara-se para terminar com a confiança de volta aos mercados, depois de mais uma subida de taxas de juro por parte do BCE e de dados económicos sólidos nos Estados Unidos
O Banco Central Europeu aumentou as suas taxas de juro pela décima vez consecutiva, levando a taxa de depósito do euro para um novo máximo histórico a 4,00%, mas deu sinais de que poderá interromper agora o mais agressivo ciclo de aperto monetário da história do euro.
Nos Estados Unidos, os dados de ontem das vendas a retalho, do Índice de Preços no Produtor e dos novos pedidos semanais de subsídio de desemprego mostraram a solidez e resiliência da economia norte-americana.
A confiança voltou aos mercados financeiros, com as acções a terminarem o dia de ontem em ganhos, tal como o dólar e o petróleo.
Os mercados accionistas norte-americanos, depois dos fortes ganhos na Europa, terminaram a sessão de ontem também em ganhos, impulsionados pelos bons dados divulgados das vendas a retalho e do mercado de trabalho.
O índice Dow Jones ganhou 0,96%, o S&P 500 0,84% e o Nasdaq 0,81%.
Esta noite, os mercados accionistas asiáticos registaram ganhos significativos, seguindo o caminho deixado por Wall Street, impulsionados ainda mais por bons dados económicos chineses, onde a produção industrial e as vendas a retalho aumentaram mais do que o esperado e a taxa de desemprego caiu.
No Japão, o índice Nikkei terminou a última sessão da semana a ganhar 1,11% e o Topix 0,95%.
Na Austrália, o índice ASX 200 liderou os ganhos ao subir 1,29% e o Kospi, da Coreia do Sul, 1,10%.
Na China, o índice Shanghai Composite terminou em contraciclo recuando 0,38%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,03%.
Esta manhã, as acções na Europa estão a começar o dia também em ganhos, continuando o caminho percorrido ontem, depois da subida de taxas por parte do BCE.
O índice Euro Stoxx 600 ganha de momento 0,81% e o Euro Stoxx 50 0,94%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 1,02% e o CAC 40, de França, lidera os ganhos ao subir 1,39%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança 0,68%.
No mercado cambial, em dia de Banco Central Europeu, o dólar acabou por ser ontem a estrela da companhia.
Apesar do aumento de 25 pontos base nas taxas de juro do euro por parte do BCE, o euro acabou por recuar das recentes valorizações, com o mercado a descontar desde já o fim de ciclo de subidas de taxas de juro por parte do banco central, recuando face à maior parte das restantes principais divisas. O EUR/USD testou a resistência a 1,0635 dada pelo mínimo do mês de Maio, antes de terminar ligeiramente acima desse nível (1,0644), enquanto o índice DXY registou um máximo a 105,08, terminando a 104,97.
O EUR/USD segue hoje a negociar perto dos recentes mínimos a 1,0660 e o índice DXY em torno dos recentes máximos a 104,90.
A libra volta a negociar também em perdas, registando apenas ganhos face ao euro, com o EUR/GBP a negociar a 0,8575 e o GBP/USD ligeiramente acima de 1,2400 (1,2430) e em torno dos últimos três meses.
O iene japonês continua a negociar em torno dos recentes mínimos. Depois dos ganhos de ontem impulsionados por expectativas de que as taxas do euro (e do dólar) tenham chegado ao seu pico, volta a negociar pressionado pelo sentimento de risco a renascer nos mercados. O USD/JPY segue de momento a negociar a 147,75 e o EUR/JPY a 157,60.
Os preços do petróleo preparam-se para terminar mais uma semana de fortes ganhos com os dados acima do esperado na China a afastarem os receios de uma diminuição na procura por parte do segundo maior consumidor de petróleo a juntarem-se às preocupações em torno do défice da oferta.
Os preços seguem em máximos de um ano, com o Brent a negociar a $94,00 por barril e o WTI a atingir os $90 (de momento a $90,50) pela primeira vez desde a primeira quinzena de Novembro do ano passado.
Bom fim-de-semana!