Café da Manhã
Em correcção

Apesar da aproximação entre Joe Biden e Xi Jinping e do Congresso ter evitado uma paralisação parcial do governo, os mercados accionistas e obrigacionistas recuam dos fortes ganhos registados nos últimos dias.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, tiveram a primeira reunião presencial num ano, com ambos os lados a dizerem que foram conversações construtivas. Ambos concordaram em retomar a colaboração na comunicação militar, na prevenção do tráfico de drogas e nos progressos da inteligência artificial. A questão de Taiwan também foi discutida com ambas as partes a manifestarem o desejo de manter a paz.
O Senado norte-americano afastou o risco de uma iminente paralisação parcial do governo, ao aprovar um projecto de lei provisório de gastos e enviá-lo ao presidente Joe Biden para que seja sancionado antes do prazo final do fim-de-semana.
Os mercados accionistas norte-americanos voltaram ontem a negociar em terreno positivo ainda impulsionados pelos dados da inflação do dia anterior e com a inflação no produtor a continuar a cair, reforçando a ideia de uma Reserva Federal a ter atingido a sua taxa máxima e abrindo a porta a cortes de taxas de juro mais cedo do que inicialmente estimado.
O índice Dow Jones avançou 0,47%, o S&P 500 0,16% e o Nasdaq 0,07%.
Na Ásia, apesar do bom caminho que aparentemente estará a ser percorrido por Biden e Jinping, a confiança dos investidores arrefeceu. Uma recuperação das yields obrigacionistas e um arrefecimento no preço das casas novas na China pressionou os mercados accionistas asiáticos.
No Japão, apesar de um iene que continua a cair, o índice Nikkei terminou a sessão a recuar 0,35% e o Topix 0,19%.
Na Austrália, o índice ASX 200 perdeu 0,67%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, conseguiu terminar marginalmente positivo (+0,06%).
Na China, o índice Shanghai Composite perdeu 0,71% e o Hang Seng, de Hong Kong, liderou as perdas ao cair 1,41%.
Os mercados accionistas europeus, depois dos ganhos dos últimos dias, estão a começar hoje sem uma direcção bem definida.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a recuar 0,15%, enquanto o Euro Stoxx 50 avança 0,07%.
Na Alemanha, o índice DAX ganha 0,51%, enquanto em França, o CAC 40 recua 0,18%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 recua 0,24%.
No mercado cambial, o dólar está a começar o dia de hoje a recuperar algum do terreno perdido, com o índice do dólar a negociar a 104,20 e o EUR/USD a 1,0850.
A libra volta a negociar em perdas, com o GBP/USD a cotar de momento em torno de 1,2400 e o EUR/GBP a 0,8750.
O iene japonês continua a deslizar, com o USD/JPY a voltar a negociar acima de 151,00 (151,20 de momento) e o EUR/JPY em novos máximos dos últimos 15 anos, desta vez acima de 164,00.
Os preços do petróleo continuam a negociar em perdas acentuadas, depois dos relatórios de ontem da EIA terem mostrado um aumento dos inventários das últimas duas semanas. A EIA adiou o relatório da semana passada para esta semana, tendo ontem divulgado os dois relatórios em simultâneo. O da semana passada mostrou um aumento de quase 14 milhões de barris e o desta semana de 3,6 milhões. Os sinais apontam de novo para um abrandamento da procura, colocando pressão adicional nos preços.
O Brent segue de momento a negociar a $80,90 por barril e o WTI a $76,20.