Café da Manhã
A corrigir

Café da Manhã A corrigir

A confiança dos mercados financeiros mostra alguma recuperação no início do dia de hoje, com os investidores a avaliarem as perspectivas das taxas de juro e com as tensões geopolíticas a ficarem de novo para segundo plano.

O dólar recua dos recentes máximos do ano, tal como os preços do petróleo, enquanto os mercados obrigacionistas recuperam dos recentes mínimos, levando a um recuo das yields obrigacionistas.

Ontem os mercados accionistas norte-americanos voltaram a terminar a negociar em terreno negativo. Um dia vazio de dados económicos, onde no final do dia o relatório do Beige Book da Reserva Federal, mostrou as preocupações da actividade industrial relativamente a uma subida da inflação no curto prazo.
Apesar de um recuo nas yields obrigacionistas, a confiança dos investidores continua novamente pressionada pela narrativa de taxas altas por mais tempo.
O índice Dow Jones terminou a sessão a recuar 0,12%, o S&P 500 0,58% e o Nasdaq a liderar as perdas, caindo 1,15%.

Na Ásia, as acções terminaram a sessão de hoje em terreno positivo com ganhos ligeiros, depois de uma declaração conjunta dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul ter mostrado preocupação sobre o dólar forte e a desvalorização do iene e do won.
No Japão, o índice Nikkei avançou timidamente 0,14% e o Topix 0,54%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,48% e o Kospi, da Coreia do Sul, liderou os ganhos ao subir 1,96%.
Na China, o índice CSI 300 e o Shanghai Composite terminaram pouco alterados, avançando 0,12% e 0,09%, respectivamente, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, ganhou 0,81%.

As acções na Europa estão também a começar o dia em terreno positivo, com ganhos bastante comedidos.
O índice Euro Stoxx 600 avança de momento 0,22% e o Euro Stoxx 50 0,33%.
Na Alemanha, o índice DAX avança timidamente 0,11% e o CAC 40, de França, 0,51%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 ganha 0,50%.

No mercado cambial, as yields a recuarem dos recentes máximos e as tensões geopolíticas no Médio Oriente a não aumentarem, levaram o dólar a recuar dos recentes máximos.
O índice DXY, depois do máximo da semana a 106,31, segue de momento a negociar abaixo de 106,00 (de momento a 105,70), e o EUR/USD recuou do novo mínimo do ano a 1,0600, para negociar de momento a 1,0680.
A libra segue hoje a negociar a recuar dos recentes máximos, depois de Andrew Bailey ter dado novamente sinais de poder cortar taxas de juro em breve. O GBP/USD segue de momento a negociar a 1,2470, enquanto o EUR/GBP volta a negociar acima de 0,8560.
O iene japonês, apesar da declaração conjunta dos Estados Unidos e Japão relativamente à sua desvalorização, continua a negociar em torno dos recentes mínimos. Declarações de Asahi Noguchi, membro do conselho do Banco do Japão, a dizer que é crucial manter o enquadramento monetário do Japão acomodatício, mesmo quando as autoridades consideram aumentar progressivamente as taxas, também não ajudaram à recuperação do iene. Mesmo com o dólar a recuar, o USD/JPY não consegue recuar abaixo dos 154, negociando de momento a 154,30, enquanto o EUR/JPY cota a 164,75.
O dólar australiano segue a negociar em ganhos, depois dos dados do emprego que mostraram surpreendentemente o emprego e a taxa de desemprego a cair. O AUD/USD segue de momento a negociar a 0,6450 e o EUR/AUD a 1,6550.

Os preços do petróleo recuaram ontem dos recentes máximos do ano, com as tensões no Médio Oriente a arrefecerem e depois do relatório semanal da EIA ter mostrado que os inventários semanais de crude norte-americano aumentaram mais do que o esperado pelos mercados. Os inventários aumentaram em 2,7 milhões de barris, acima dos 1,6 milhões estimados pelo mercado e nem a redução nos inventários de gasolina de 1,15 milhões de barris, ligeiramente acima de 1 milhão previsto pelo mercado, conseguiu impedir as quedas. O Brent terminou a sessão a cotar a $87,45 por barril e o WTI a $82,80.
Os preços continuam hoje a negociar em queda, com o Brent a $86,80 por barril e o WTI a $81,75.


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