Os mercados accionistas estão a começar a semana em ganhos com as tensões geopolíticas a acalmarem, enquanto aguardam pelos PMIs e pela medida preferida do Fed para a inflação mais para o final da semana.

A resposta israelita ao Irão foi desvalorizada pelo último e durante o fim-de-semana os receios de que uma escalada pudesse ressurgir mostraram-se infundados. Depois da forte aversão ao risco onde os mercados negociaram na passada semana, as acções estão a começar esta semana a negociar em terreno positivo.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram na passada sexta-feira de uma maneira geral em perdas, depois de uma semana dominada por tensões geopolíticas, yields obrigacionistas mais altas e incertezas relativamente a cortes de taxas de juro por parte da Reserva Federal.
As crescentes tensões no Médio Oriente mostraram alguma estabilização depois do Irão ter desvalorizado o ataque retaliatório de Israel, ajudando a alguma recuperação dos mercados.
Já as palavras de Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, não ajudaram, ao dizer que o política restritiva do Fed é "apropriada", dada a força económica e o processo mais lento do que o esperado de reduzir a inflação para mais perto da meta de 2% do banco central.
O índice Dow Jones conseguiu terminar a última sessão da semana em terreno positivo (+0,56%), enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registaram a sexta sessão consecutiva de perdas, a maior sequência negativa desde Outubro de 2022, caindo 0,88% e 2,05%, respectivamente.

Esta semana, na Ásia, os mercados terminaram de uma forma geral, em terreno positivo, com o sentimento de risco a voltar aos mercados.
No Japão, o índice Nikkei terminou a primeira sessão da semana a ganhar 0,99% e o Topix 1,43%.
Na China, depois do seu banco central ter mantido as suas taxas de empréstimos preferenciais a 1 e 5 anos inalterados, o índice CSI 300 recuou 0,30% e o Shanghai Composite 0,67%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, liderou os ganhos ao subir 1,71%.
Na Austrália, o índice ASX 200 ganhou 1,08% e o Kospi, da Coreia do Sul, 1,45%.

Na Europa, as acções estão também a começar o primeiro dia da semana em terreno positivo, enquanto aguardam pelos dados da confiança do consumidor no início desta tarde.
O índice Euro Stoxx 600 avança timidamente 0,21% enquanto o Euro Stoxx 50 segue pouco alterado (+0,08%).
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,22%, enquanto o CAC 40,de França, segue praticamente inalterado (-0,05%).
No Reino Unido, o índice FTSE lidera os ganhos na Europa ao avançar de momento 1,10%.

O mercado cambial começa a semana continuando a recuar do sentimento de aversão ao risco, que já vinha a fazer ao fecho da semana passada.
O dólar continua a negociar em torno dos recentes níveis, com o índice DXY em torno de 106,00 e o EUR/USD a 1,0655.
A libra continua a negociar em perdas, em torno dos níveis de fecho da semana anterior, com o GBP/USD a negociar abaixo de 1,2400 (1,2365 de momento) e o EUR/GBP acima de 0,8600 (0,8620).
Em semana de reunião do Banco do Japão, o iene continua a negociar em torno dos recentes mínimos dos últimos 34 anos. O USD/JPY negocia de momento a 154,70 e o EUR/JPY a 164,90.
O franco suíço volta a deslizar depois da recuperação registada no final da semana passada, com o EUR/CHF a voltar a negociar acima de 0,9700 e o USD/CHF acima de 0,9100.
Já o peso mexicano recupera algum do muito espaço perdido na semana passada, com o USD/MXN a começar a semana a negociar a 17,08 e o EUR/MXN a 18,20.

Os preços do petróleo estão a começar a semana em perdas, com os investidores a focarem-se de novo nos fundamentos do mercado, com os riscos de uma escalada de hostilidades no Médio Oriente a serem minimizados.
O Brent segue de momento a negociar abaixo de $86,00 por barril e o WTI abaixo de $81,00.