Os mercados financeiros seguem a negociar sem uma direcção bem definida, enquanto aguardam pela decisão de hoje da Reserva Federal dos Estados Unidos.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão de ontem de novo em perdas. O optimismo recente de recuperação recuou, com o pessimismo em torno da guerra comercial a aumentar. Donald Trump afirmou que não iria suspender as tarifas sobre o Canadá, independentemente do que o primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, lhe dissesse.
O índice Dow Jones terminou a sessão a recuar 0,95%, o S&P 500 0,77% e o Nasdaq 0,87%.

Entretanto, este sentimento de mercado voltou a mudar, com notícias esta noite que a China e os Estados Unidos irão ter um encontro, ainda esta semana, para discutir tarifas. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o representante comercial norte-americano, Jamieson Greer, viajarão no final desta semana para a Suíça para negociações comerciais com a China, lideradas pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, procurando abrandar o impasse tarifário.

Os mercados accionistas asiáticos voltaram a negociar em pleno esta noite, com o Japão e a Coreia do Sul a voltarem de um longo fim de semana.
No Japão, os principais índices iniciaram a semana sem uma direcção definida, com o Nikkei a avançar 0,20% e o Topix a recuar 0,31%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou modestamente 0,33%, tal como o Kospi, na Coreia do Sul, que ganhou 0,55%.
Na China, com o banco central a reduzir a sua taxa de empréstimo a sete dias e ainda o nível de reservas obrigatórias, os principais índices negociaram positivamente. O CSI300 ganhou 0,61%, o Shanghai Composite 0,80% e o Hang Seng 0,15%.
Na Índia, com as tensões com o Paquistão a aumentarem, tendo avançado com um ataque a "campos terroristas" no Paquistão, os principais índices seguem de momento em perdas marginais, suportados ainda pelo acordo comercial assinado ontem com o Reino Unido. O Nifty 50 e o Sensex seguem a recuar cerca de 0,10%.

Na Europa, os mercados accionistas seguem sem uma direcção bem definida, após Friedrich Merz, ontem, ter sido eleito chanceler pelo parlamento numa segunda votação, após uma derrota sem precedentes na primeira tentativa, que dá ao seu governo de coligação um início instável.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a recuar 0,28% e o Euro Stoxx 50 0,08%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,15% e o CAC 40, de França, 0,45%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 recua 0,31%.

No mercado cambial, o dólar voltou ontem a negociar em perdas, com o índice DXY a voltar a negociar em torno de 99,00 e o EUR/USD a 1,1380. De momento o DXY segue a negociar a 99,20 e o EUR/USD a 1,1360.
A libra segue pouco alterada, enquanto aguarda pela reunião do Banco de Inglaterra de amanhã, com o GBP/USD a negociar a 1,3350 e o EUR/GBP a 0,8515.
O iene japonês recua ligeiramente dos níveis de ontem, com o USD/JPY a negociar acima de 143,00 (143,30) e o EUR/JPY em torno de 163,00.
O franco suíço segue a tendência do dia de ontem, continuando a negociar em perdas, com o USD/CHF a cotar de momento a 0,8260 e o EUR/CHF a 0,9385.

Os preços do petróleo continuam a recuar dos recentes mínimos e seguem a negociar em alta, impulsionados pelo aumento das tensões geopolíticas tanto no Médio Oriente como na Índia/Paquistão.
O Brent segue de momento a negociar a $63,00 por barril e o WTI a $60,00.