Café da Manhã
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Café da Manhã Em queda

Os mercados accionistas estão a começar o mês de Junho em terreno negativo, voltando a estar pressionados por uma escalada na guerra comercial que leve a um arrefecimento global da economia.

No final da passada sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um aumento das tarifas anteriores sobre o aço e o alumínio de 25% para 50% a começar já na próxima quarta-feira. Um anúncio feito poucas horas depois de ter acusado a China de quebrar um acordo feito com os Estados Unidos em Genebra no início do mês passado. Os comentários do governo norte-americano indicaram que as exportações chinesas de terras raras eram uma fonte de conflito. Por outro lado, as autoridades chinesas acusaram os Estados Unidos de violar esse mesmo consenso alcançado na Suíça, alertando que poderiam tomar medidas adicionais para defender os seus interesses.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram o último dia da semana, e do mês, pouco alterados, após a medida preferida do Fed para a inflação ter saído em linha com o esperado e a revisão do relatório da confiança dos consumidores da Universidade de Michigan ter recuperado, e as expectativas de inflação diminuírem.
O índice Dow Jones avançou 0,13%, o S&P ficou praticamente inalterado (-0,01%), enquanto o Nasdaq recuou 0,32%.

Esta semana, começa com preocupações em torno das tarifas comerciais que estão levar os mercados accionistas para terreno negativo, com os investidores a afastarem-se, uma vez mais, de activos de maior risco.

Na Ásia, com os mercados accionistas da China continental de fora em feriado, as restantes bolsas terminaram em terreno negativo.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão a perder 1,32% e o Topix 0,87%.
Na Austrália, o índice ASX 200 recuou 0,24%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, ficou praticamente inalterado (+0,05%).
Na China, o índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,57%.
Na Índia, os principais índices Nifty 50 e Sensex, seguem a recuar marginalmente 0,12%.

Os mercados accionistas europeus estão também a começar a semana, e o mês, em perdas.
O índice Euro Stoxx 600 segue a recuar 0,14% e o Euro Stoxx 50 0,44%.
Na Alemanha, o índice DAX perde 0,38% e o CAC 40, de França, 0,46%.
O índice FTSE 100, no Reino Unido, é excepção, avançando marginalmente 0,15%.

No mercado cambial, o mês está também a começar o mês impactado pelo sentimento de aversão ao risco, onde o dólar volta a ser a moeda mais pressionada, com as moedas de refúgio a serem as mais favorecidas.
O índice do dólar, DXY, volta a negociar abaixo de 99,00 (de momento a 98,75) e o EUR/USD acima de 1,1400 (1,1420).
O USD/JPY volta a negociar abaixo de 143,00 (142,90) e o USD/CHF abaixo de 0,8200 (0,8190). Face ao euro o iene regista também ganhos, com o EUR/JPY a negociar em torno de 163,00, enquanto o suíço se mantém pouco alterado (EUR/CHF a 0,9350).
A libra segue também inalterada face ao euro (0,8430) e ganha face ao dólar (1,3545).

O mercado petrolífero está a começar o mês em ganhos, após os países da OPEP+ terem decidido, durante o fim de semana, aumentar a produção em Julho na mesma proporção dos dois meses anteriores, face a rumores que apontavam para que pudessem subir a produção para cerca de 600 mil barris por dia.
O Brent segue de momento a negociar a $64,60 por barril e o WTI a $62,80.


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