A reação moderada do Irão ao ataque norte-americano deste fim de semana contribuiu para atenuar os receios dos investidores em relação a uma possível escalada do conflito.

Os mercados financeiros respiraram de alívio após um ataque iraniano previamente anunciado e onde o Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano afirmou que o número de mísseis disparados correspondeu ao número de bombas lançadas pelos Estados Unidos contra o Irão. O petróleo caiu, tal como o dólar e o ouro, enquanto as acções subiram.

Os mercados accionistas norte-americanos voltaram a negociar em ganhos, impulsionados ainda por declarações dos dois membros mais “doves “ do FOMC que sugeriram o apoio a um corte de taxas de juro já na próxima reunião de Julho.
Também a ajudar o sentimento dos mercados esteve a divulgação ligeiramente acima do estimado dos PMI da S&P Global.
O índice Dow Jones terminou a sessão a ganhar 0,89%, o S&P 500 0,96% e o Nasdaq 0,94%.

Já após o fecho de Wall Street, Donald Trump anunciou, na rede social Truth, um cessar fogo total entre Israel e o Irão.

Os mercados accionistas asiáticos reflectiram bem o abrandamento da escalada do conflito, com as acções a registarem ganhos significativos.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão a ganhar 1,16% e o Topix 0,73%.
Na Austrália, o índice ASX 200 ganhou 0,95% e o Kospi, da Coreia do Sul, subiu 2,96%, liderando os ganhos.
Na China, o índice CSI300 ganhou 1,20%, o Shanghai Composite 1,15% e o Hang Seng, de Hong Kong, 2,06%.
Na Índia, os mercados accionistas seguem em terreno positivo, com os principais índices a avançarem modestamente 0,15%.

Na Europa, os mercados accionistas estão a começar o dia também em ganhos relevantes, mesmo com notícias de acusações entre o Irão e Israel de quebra do “acordo” de cessar-fogo.
A suportar os ganhos dos mercados está ainda o índice de confiança empresarial alemão IFO, que saiu acima das estimativas dos investidores.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a subir 1,39% e o Euro Stoxx 50 1,69%.
Na Alemanha, o índice DAX lidera os ganhos subindo 2,12% e o CAC 40, de França, avança 1,41%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança modestamente 0,38%.

O mercado cambial reflecte também a reviravolta do sentimento de risco dos mercados financeiros no geral.
O dólar, após os ganhos com que iniciou a semana com a escalada do conflito, inverteu completamente o seu caminho com o abrandamento das tensões. O índice DXY que tocou os 99,00 no início da semana, segue de momento bem abaixo de 98,00 (99,65).
O EUR/USD recua dos mínimos de ontem bem abaixo de 1,1500, para voltar hoje a registar um máximo, muito perto do máximo do ano, a 1,1622, seguindo de momento a negociar a 1,1595.
A libra recupera dos recentes mínimos e segue hoje de novo a negociar acima de 1,3600 face ao dólar, enquanto o EUR/GBP cai para 0,8525.
O iene, fortemente penalizado pela subida do preço do petróleo, recupera hoje em força, com o USD/JPY a negociar de momento a 145,00 e o EUR/JPY a 168,20.
O franco suíço regista ganhos ligeiros, com o USD/CHF a negociar de momento a 0,8110 e o EUR/CHF a 0,9410.

Os preços do petróleo registaram ontem a maior perda diária desde de 2020, ao caírem cerca de 13%, após o abrandamento das tensões e após o anúncio do possível cessar fogo. O Brent que chegou perto dos 80 dólares por barril, terminou em torno dos 70, enquanto o WTI caiu dos $78 até aos $67.
Os preços começaram o dia de hoje de novo em queda, registando entretanto ligeira recuperação dos mínimos, após notícias de acusações de ataques recíprocos entre Israel e Irão.
O Brent segue de momento a negociar a $69,00 por barril e o WTI a 66,20.