Os mercados acionistas apresentam-se sem uma orientação clara, com os investidores a recentrar a atenção na economia, numa altura em que o conflito entre o Irão e Israel assume um papel secundário.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram ontem de novo sem uma direcção definida, num dia quase vazio de indicadores económicos e com os mercados atentos a Jerome Powell e ao cessar-fogo entre Israel e o Irão.
O presidente do Fed, Jerome Powell, no seu segundo dia consecutivo de depoimento no Congresso, reiterou ao Comité Bancário do Senado que o banco central está bem posicionado para esperar para cortar as taxas de juro até que os efeitos inflacionistas das tarifas abrangentes de Trump sejam mais bem conhecidos.
Na agenda económica tivemos os números das vendas de casas novas que mostraram uma queda de 13,7%, bem maior do que os 5,8% estimados pelo mercado.
O índice Dow Jones recuou 0,25%, o S&P 500 permaneceu inalterado e o Nasdaq avançou 0,31%, enquanto o índice de pequenas e médias empresas, Russell 2000, perdeu 1,08%.

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas negociaram também mistos.
No Japão, os principais índices negociaram em alta, com o Nikkei a terminar a sessão a ganhar 1,66% e o Topix 0,81%.
Na Austrália, o índice ASX 200 recuou 0,10% e o Kospi, na Coreia do Sul, perdeu 0.92%.
Na China, o índice CSI300 recuou 0,35%, O Shanghai Composite 0,22% e o Hang Seng, de Hong Kong, 0,70%.
Na Índia, os principais índices seguem de momento a negociar em terreno positivo, com o Nifty a avançar 0,60% e o Sensex 0,52%.

As acções na Europa estão a começar o dia a negociar em ganhos marginais, após o índice alemão da confiança do consumidor ter saído abaixo do esperado.
O índice Euro Stoxx 600 avança de momento 0,15% e o Euro Stoxx 50 0,08%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,47% e o CAC 40, de França, 0,11%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 segue praticamente inalterado (+0,02%).

No mercado cambial , com as notícias a desenvolverem o tema de uma substituição de Jerome Powell, com Trump a dizer que tem vários candidatos em mente, o dólar volta a negociar em perdas. O índice do dólar DXY negocia abaixo de 97,00 (96,85) pela primeira vez desde Fevereiro de 2022.
Já o euro continua a negociar em máximos do ano. O EUR/USD segue acima de 1,1700, o que não acontecia desde Agosto de 2021.
A libra segue em torno dos recentes níveis, em ganhos ligeiros, com o GBP/USD a negociar acima de 1,3700 pela primeira vez desde Janeiro de 2021, e o EUR/GBP a 0,8525.
Também o iene japonês segue a negociar em ganhos ligeiros, com o USD/JPY a negociar a 144,10 e o EUR/JPY a 168,70.
O franco suíço segue a negociar face ao dólar em máximos de mais de uma década, com o USD/CHF a cair para 0,8010, enquanto segue a negociar face ao euro a 0,9390.

Os preços do petróleo continuam a recuar dos fortes ganhos conseguidos durante a recente crise mais aguda no Médio Oriente entre Israel e o Irão. Nem mesmo a redução dos inventários de crude norte-americano bastante acima do esperado pelos mercados, primeiro pelo API e ontem pela EIA conseguiram mais do que abrandar o forte ímpeto descendente nos preços.
Os preços continuam em torno dos mínimos das duas últimas semanas, com o Brent a negociar a $66,60 por barril e o WTI a $65,10.