Os mercados financeiros estão a começar a semana de forma cautelosa enquanto aguardam por notícias de acordos comerciais e por importantes dados económicos nos Estados Unidos

O prazo limite de suspensão das tarifas de 9 de Julho aproxima-se, mas os Estados Unidos dizem que estão em curso vários acordos. De acordo com o Secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, este pode ser o caso de 10 ou 12 das 18 importantes relações comerciais. Acrescentou que as outras 20, aproximadamente, podem ser concluídas até ao Dia do Trabalhador (1 de Setembro). Os rumores provenientes das negociações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos são encorajadores, com ambos os lados confiantes em chegar a um acordo até à data limite de Julho.
Os mercados seguem ainda a aguardar com expectativa os dados desta semana relativos à economia norte-americana, como os indicadores de confiança empresarial do ISM, as vagas de emprego JOLTS e por fim os nonfarm payrolls.

Na passada sexta-feira, os mercados accionistas norte-americanos negociaram em alta, impulsionados por dados económicos que alimentam expectativas de cortes mais rápidos nas taxas de juro por parte da Reserva Federal. Apesar da inflação continuar bem acima do objectivo dos 2% do Fed, o relatório de Despesas de Consumo Pessoal do Departamento do Comércio mostrou que o rendimento e as despesas dos consumidores contraíram inesperadamente em Maio. Os dados da confiança do consumidor da Universidade de Michigan foram revistos em alta, enquanto os das expectativas de inflação em baixa.
Os preços das acções, ainda recuaram após Donald Trump ter terminado as negociações comerciais com o Canadá em resposta ao imposto digital sobre as empresas tecnológicas, mas isso não evitou que terminassem em ganhos, e com os índices S&P 500 e Nasdaq a registarem novos máximos de sempre.
O índice Dow Jones terminou a sessão a ganhar 1% e o S&P 500 e o Nasdaq 0,52%.

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas começaram a semana em terreno positivo, com ganhos moderados.
No Japão, o índice Nikkei terminou a primeira sessão da semana a ganhar 0,80% e o Topix 0,43%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,33% e o Kospi, da Coreia do Sul, 0,52%.
Na China, o índice CSI300 avançou 0,37% e o Shanghai Composite 0,59%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 0,83%.
Na Índia, os principais índices Nifty 50 e Sensex seguem a recuar em torno de 0,55%.

Os mercados accionistas europeus estão a começar o primeiro dia da semana sem uma direcção bem definida, enquanto aguardam pelos dados da inflação na Alemanha e em Itália e após dados das vendas a retalho abaixo do esperado na Alemanha.
Os índices Euro Stoxx 600 e Euro Stoxx 50 seguem de momento a recuar marginalmente cerca de 0,5%.
Na Alemanha, o índice DAX avança marginalmente 0,8% e o CAC 40, de França, segue inalterado (+0,02%).
No Reino Unido, o índice FTSE 100 recua também marginalmente 0,10%.

No mercado cambial, o dólar está a começar a semana em torno dos níveis de fecho da semana passada, com o índice DXY a negociar abaixo de 97,00 (96,80 de momento).
O EUR/USD continua a negociar acima de 1,1700, em torno dos recentes níveis.
A libra está a começar a semana em perdas ligeiras, com o GBP/USD abaixo de 1,3700 e o EUR/GBP de volta aos 0,8550.
O iene continua a negociar também em torno dos recentes níveis, registando ganhos ligeiros neste início de dia, com o USD/JPY a 144,10 e o EUR/JPY a 168,90.
O franco suíço segue em torno dos recentes máximos, com o USD/CHF a continuar a negociar abaixo de 0,8000 e o EUR/CHF a 0,9365.

Os preços do petróleo estão a começar a semana a recuperar dos mínimos da semana passada, impulsionados por um sentimento de risco melhorado nos mercados financeiros.
O Brent segue de momento a negociar a $67,10 por barril e o WTI a $65,80.