Café da Manhã
Entre ganhos e perdas

Os mercados accionistas estão a começar o segundo semestre do ano entre ganhos e perdas, enquanto aguardam por dados do mercado de trabalho e por acordos entre os Estados Unidos e os seus parceiros comerciais.
Os mercados accionistas norte-americanos terminaram ontem a última sessão do mês, do trimestre e do semestre, em alta, impulsionados por expectativas crescentes de cortes de taxas de juro por parte da Reserva Federal, e ainda por esperanças de que os Estados Unidos estejam perto de fechar acordos concretos com os seus principais parceiros comerciais.
Tanto o índice S&P 500 como o Nasdaq terminaram nesta segunda-feira em novos máximos de sempre, subindo na sessão 0,52% e 0,48%, enquanto o Dow Jones ganhou 0,63%.
Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas começaram o segundo semestre do ano sem uma direcção definida.
No Japão, os principais índices terminaram a sessão em perdas, pressionados pelas ameaças de Trump de novos níveis tarifários, e ainda por um iene ligeiramente mais forte. Apesar do índice Tankan de grandes empresas manufactureiras ter saído acima das expectativas do mercado, o índice Nikkei perdeu 1,43% e o Topix 0,73%.
Na Austrália, o índice ASX 200 ficou praticamente inalterado (-0,01%) e o Kospi, da Coreia do Sul, avançou 0,58%.
Na China, os principais índices continentais avançaram modestamente, o CSI300 0,17% e o Shanghai Composite 0,39%, com Hong Kong encerrado em feriado.
Na Índia, os principais índices seguem pouco alterados, com o Nifty 50 e o Sensex a avançarem marginalmente 0,6%.
Os mercados accionistas europeus estão também a começar o dia sem uma direcção bem definida e pouco afastados dos níveis de fecho de ontem, enquanto aguardam pelos dados da inflação da Zona Euro.
O índice Euro Stoxx 600 avança 0,12% enquanto o Euro Stoxx 50 recua 0,02%.
Na Alemanha, o índice DAX recua 0,11% e o CAC 40, de França, 0,08%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança 0,16%.
No mercado cambial, o dólar volta a destacar-se pela negativa. O índice DXY regista novos mínimos de mais de três anos e negocia de momento a 96,30, com mais pressões de Donald Trump sobre Jerome Powell para reduzir as taxas de juro. Ontem, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, mostrou uma cópia impressa da nota manuscrita que o presidente dos Estados Unidos enviou ao presidente do Fed, solicitando que reduzisse as taxas.
O euro segue a negociar em novos máximos face ao dólar. Esta noite registou um novo máximo ligeiramente acima de 1,1800, nível que não era atingido desde Setembro de 2021. Negocia de momento a 1,1780.
A libra está a começar o dia a recuar das fortes perdas de ontem face ao euro e volta a ganhar face ao dólar. O EUR/GBP depois de negociar ontem em máximos de mais de dois meses a 0,8590, segue de momento a 0,8560 e o GBP/USD a 1,3760.
O iene está a começar o semestre em ganhos, recuperando dos recentes mínimos, após dados sólidos apontados pelo índice Tankan dos grandes fabricantes nipónicos. O USD/JPY segue de momento a negociar em torno de 143,00 e o EUR/JPY de 168,50.
O franco suíço continua a acumular ganhos. O USD/CHF segue a negociar a 0,7905, um novo mínimo desde Janeiro de 2015, e o EUR/CHF a 0,9310, em torno dos mínimos dos últimos dois meses.
Os preços do petróleo, apesar das perdas do dólar e sentimento de risco dos mercados accionistas, continuam a negociar em torno dos recentes níveis.
O Brent segue de momento a negociar a $66,90 por barril e o WTI a $65,20.