Café da Manhã
Tarifas adiadas

Os mercados financeiros mostram hoje algum alívio, apesar de as incertezas se manterem, após Donald Trump ter mostrado abertura para mais negociações até 1 de Agosto.
A semana começou com Donald Trump a anunciar as tarifas para os vários parceiros comerciais, nomeadamente o Japão e a Coreia do Sul que terão de enfrentar 25% de tarifas nas suas exportações para os Estados Unidos. As tarifas entrarão em vigor a 1 de Agosto e não a 9 de Julho como anteriormente agendado, caso os países não consigam chegar a um acordo até lá.
A União Europeia não recebeu qualquer notificação dos Estados Unidos a estabelecer tarifas mais elevadas, com a UE a continuar a negociar a possibilidade de isenções da taxa base de 10% dos Estados Unidos.
Ontem, os mercados accionistas norte-americanos terminaram a primeira sessão da semana em perdas consideráveis, com os investidores preocupados com uma nova escalada das tensões comerciais e o seu potencial impacto na economia global. Ainda assim, os principais índices terminaram a recuperar de maiores perdas durante a sessão.
O índice Dow Jones perdeu 0,94%, o S&P 500 0,79% e o Nasdaq 0,92%, enquanto o índice de pequenas e médias empresas, Russell 2000, liderou as perdas ao cair 1,48%.
Esta noite, na Ásia, a maioria dos índices accionistas subiu, após Trump manter a porta aberta a negociações até 1 de Agosto.
No Japão, o índice Nikkei avançou 0,36% e o Topix 0,17%.
Na Austrália, o índice DAX terminou praticamente inalterado (+0,02%), enquanto o Kospi liderou os ganhos ao subir 1,81%, apesar de ter recebido uma notificação para 25% de tarifas sobre as suas exportações para os Estados Unidos.
Na China, o índice CSI300 ganhou 0,84%, o Shanghai Composite 0,70% e o Hang Seng, de Hong Kong, 1,10%.
Na Índia, os principais índices seguem pouco alterados, em ganhos marginais em torno de 0,06%.
Os mercados accionistas europeus estão a começar o dia cautelosos, entre ganhos e perdas.
O índice Euro Stoxx 600 e o Euro Stoxx 50 seguem de momento em terreno negativo, em perdas marginais de 0,7%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,20%, enquanto em França, o CAC 40 recua 0,17%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 segue praticamente inalterado (+0,2%).
No mercado cambial, a primeira reacção do mercado levou o dólar de novo a ganhos, onde o índice DXY a voltar a negociar acima de 97,00 (97,20) e o EUR/USD voltou a negociar abaixo de 1,1700 (1,1686). Após mais alguns detalhes, nomeadamente o adiamento para 1 de Agosto e com Trump aberto a mais negociações levou à inversão desses movimentos, com o índice do dólar DXY a voltar a negociar abaixo de 97,00.
O euro recupera, após a possibilidade de haver isenções a uma provável base de 10% nas exportações para os Estados Unidos. O EUR/USD recupera dos mínimos de ontem, seguindo a negociar de momento a 1,1755.
A libra segue a negociar pouco alterada, com o GBP/USD a cotar de momento a 1,3645 e o EUR/GBP a 0,8620.
O iene segue a negociar em perdas, pressionado pelas tarifas norte-americanas, com o USD/JPY a negociar de momento a 146,00 e o EUR/JPY a 171,75, em máximos de um ano.
O franco suíço segue pouco alterado, com o EUR/CHF a continuar a negociar em torno de 0,9350, enquanto o USD/CHF continua a recuar, mas mantém-se abaixo dos 0,8000 (0,7960 de momento).
Entretanto, o banco central australiano surpreendeu os mercados ao manter inalterada a sua taxa de juro nos actuais 3,85%, levando o dólar australiano a ganhos. O AUD/USD recuperou dos mínimos de ontem abaixo de 0,6500, para negociar de momento a 0,6550.
Os preços do petróleo seguem a negociar em alta, apesar do anúncio do aumento de produção por parte dos países da OPEP+. Um dólar mais fraco está a ajudar a suportar os preços.
O Brent segue de momento a negociar a $69,25 por barril e o WTI a $67,45.