Café da Manhã
Continuando cautelosos

Café da Manhã Continuando cautelosos

Os mercados financeiros seguem a negociar em torno dos recentes níveis, de forma cautelosa, enquanto digerem os continuados anúncios sobre as tarifas comerciais dos Estados Unidos sobre os restantes países.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que planeia anunciar uma tarifa de 50% sobre todas as importações de cobre, o que fez com que os preços deste metal subissem cerca de 14%, registando o seu melhor dia em quase quatro décadas. Além disso, afirmou também planear o anúncio de tarifas sobre os produtos farmacêuticos importados, que podem chegar aos 200%, mas dará às farmacêuticas cerca de um ano "para se organizarem".

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão de ontem de uma maneira geral negativos, após Donald Trump ter aumentado as ameaças tarifárias. A incerteza em torno da política comercial norte-americana continuou a pressionar os mercados financeiros.
O índice Dow Jones recuou 0,37%, o S&P 500 0,07%, enquanto o Nasdaq terminou praticamente inalterado (+0,03%).

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas negociaram mais uma vez entre ganhos e perdas.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão avançando 0,35% e o Topix 0,41%, ajudados por um iene mais fraco.
Na Austrália, o índice ASX200 perdeu 0,61%, enquanto o Kospi, na Coreia do Sul, avançou 0,60%.
Na China, os principais índices continentais registaram perdas ligeiras, com o CSI300 a recuar 0,18% e o Shanghai Composite 0,13%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, terminou a sessão a perder 1,05%.
Na Índia, os principais índices seguem praticamente inalterados.

Na Europa, as acções estão a começar o dia de hoje em terreno positivo, suportados pela expectativa de a União Europeia atingir em breve um acordo com os Estados Unidos, isentando algumas taxas sobre o sector da aviação e algumas excepções na indústria automóvel alemã.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,40% e o Euro Stoxx 50 0,65%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,64% e o CAC 40, de França, 0,60%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança 0,27%.

No mercado cambial, o dólar volta a recuperar, com o índice DXY a voltar a negociar acima de 97,00 (97,25 de momento), enquanto o EUR/USD negocia ligeiramente acima de 1,0700 (1,0715 de momento).
A libra segue a negociar pouco alterada, com o GBP/USD a negociar em torno de 1,3600 (1,3590 de momento) e o EUR/GBP a 0,8615.
O iene japonês continua a somar desvalorizações, com o USD/CHF a negociar a 146,80 e o EUR/JPY a 171,85, mesmo assim a recuar dos máximos desta noite a 147,20 e 172,30 ( acima de 172 pela primeira vez desde Julho do ano passado).
O franco suíço continua a negociar em torno dos recentes máximos, onde o USD/CHF segue de momento a 0,7970 e o EUR/CHF a 0,9330.

Os preços do petróleo, ontem, voltaram a negociar em alta, mas terminaram o dia a recuar após os dados dos inventários de crude norte-americano, divulgados pelo “American Petroleum Institute” terem mostrado um aumento de 7,1 milhões de barris. Os inventários de gasolina caíram 2,2 milhões de barris, enquanto as reservas em Cushing mostraram um modesto aumento de 100 mil barris de petróleo.
Os preços estão a começar o dia de novo em alta, com o Brent a negociar a $70,50 por barril e o WTI a $68,70.


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