Os mercados accionistas estão a começar a semana em terreno positivo, a recuperar das fortes perdas registadas no final da semana anterior.

No final de uma semana em que a Reserva Federal dos Estados Unidos manteve inalterada a sua política monetária, em dia que o PIB mostrava um sólido crescimento económico norte-americano, eis que o relatório oficial do emprego mostrou uma desaceleração significativa na criação de emprego. Um crescimento de apenas 73 mil novos postos de trabalho em Julho, mas com os números dos meses anteriores a serem revistos drasticamente em baixo. Os 144 mil empregos de Maio foram revistos para 19 mil e os de Junho de 147 mil para 14 mil.

Os mercados financeiros reagiram de imediato, levando as acções e o dólar de imediato para perdas significativas, tal como também reagiu Donald Trump, exigindo a demissão da responsável pelo Bureau of Labor Statistics (BLS), Erika McEntarfer, entre acusações de “politicamente tendenciosa”.

Os principais índices de Wall Street terminaram o último dia da semana em perdas significativas. O Dow Jones perdeu 1,23%, o S&P 500 1,60% e o Nasdaq 2,24%.

Esta semana, os mercados accionistas estão a começar a negociar em terreno positivo. Os dados do emprego norte-americano levantaram dúvidas sobre a resiliência da economia nos Estados Unidos, mas reforçaram as expectativas do mercado para um corte de taxas de juro por parte da Reserva Federal na próxima reunião em Setembro. Se os mercados estavam a dar 40% de probabilidade de corte antes da divulgação dos números do emprego, essa probabilidade está agora em torno dos 80%.

Na Ásia, com excepção do Japão, os restantes principais índices terminaram o primeiro dia da semana em terreno positivo.
No Japão, o índice Nikkei caiu 1,22% e o Topix 1,10%.
Na Austrália, o índice ASX 200 ficou praticamente inalterado (+0,02%), enquanto o Kospi, na Coreia do Sul, ganhou 0,90%.
Na China, o índice CSI300 avançou 0,39%, o Shanghai Composite 0,66% e o Hang Seng 0,91%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a avançar 0,59% e o Sensex 0,39%.

Na Europa, os mercados accionistas estão também a começar a semana a negociar em ganhos.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a ganhar 0,53% e o Euro Stoxx 50 1,09%.
Na Alemanha, o índice DAX ganha 0,87% e o CAC 40, de França, 0,92%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança 0,40%.

No mercado cambial, o dólar norte-americano mostra sinais de recuperação das fortes perdas registadas nas últimas horas da semana passada. O índice DXY recupera do mínimo de 98,44, seguindo de momento a negociar a 98,70, enquanto o EUR/USD cai de um máximo registado logo nas primeiras horas desta semana a 1,1596, para cotar de momento a 1,1555.
A libra segue pouco alterada dos níveis de fecho da semana passada, com o GBP/USD a negociar de momento a 1,3275 e o EUR/GBP a 0,8710.
O iene recua dos ganhos repentinos do final da semana, com o USD/JPY a negociar de momento em torno de 148,00 e o EUR/JPY acima de 171,00.
O franco suíço continua a negociar em perdas, pressionado ainda pelo anúncio das tarifas dos Estados Unidos sobre as importações da Suíça em 39%. O USD/CHF segue de momento a negociar a 0,8090 e o EUR/CHF a 0,9350.

Os preços do petróleo estão a começar a semana, continuando a negociar em perdas, depois de a OPEP+ ter acordado outro grande aumento da produção em Setembro de 547 mil barris por dia, e ainda entre preocupações sobre a desaceleração da economia dos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de petróleo.
O Brent segue de momento a negociar a $69,10 por barril e o WTI a $66,70.