Os mercados accionistas preparam-se para terminar a primeira semana completa de Agosto em ganhos, apesar de um aumento de taxas aduaneiras nos Estados Unidos, aguardando por juros mais baixos

Interrompemos hoje a publicação do “Café da Manhã".
Estaremos de volta a 25 de Agosto.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão de ontem entre ganhos e perdas, após o início das tarifas "recíprocas" do Presidente Trump, que aumentaram as taxas impostas às importações dos seus parceiros comerciais. Os títulos do Tesouro norte-americano perderam fôlego, depois de uma fraca colocação de obrigações a 30 anos ter sinalizado um menor apetite pela dívida dos Estados Unidos, após forte procura registada recentemente.
Pouco antes do final da sessão, Donald Trump anunciou que vai nomear o presidente do Conselho de Assessores Económicos, Stephen Miran, para cumprir o restante mandato da governadora da Reserva Federal, Adriana Kugler. Miran deverá ocupar o cargo até 31 de Janeiro de 2026, enquanto Trump continua à procura de um substituto permanente.
O índice Dow Jones recuou 0,51%, o S&P 500 ficou praticamente inalterado (-0,08%), enquanto o Nasdaq avançou 0,35% e registou um fecho recorde.

Esta noite, na Ásia, os principais índices, com excepção do Japão, terminaram a sessão em perdas, fechando uma semana com o melhor desempenho, de forma geral, desde Junho.
No Japão, os principais índices foram impulsionados pela notícia de redução de impostos sobre automóveis. O índice Nikkei ganhou na sessão 1,91% e o Topix 1,21%.
Na Austrália, o índice ASX 200 recuou 0,28% e o Kospi, da Coreia do Sul, 0,55%.
Na China, o índice CSI300 recuou 0,24%, o Shanghai Composite 0,12% e o Hang Seng, de Hong Kong, 0,89%.
Na Índia, os índices Nifty 50 e Sensex seguem de momento a perder 0,65%.

Os mercados accionistas europeus seguem entre ganhos e perdas, sem uma direcção definida.
O índice Euro Stoxx 600 negocia de momento a avançar 0,15%, enquanto o Euro Stoxx 50 segue praticamente inalterado (-0,01%).
Na Alemanha, o índice DAX recua 0,31%, enquanto o CAC 40, de França, avança 0,19%.
No Reino Unido, o índice FTSE continua praticamente inalterado (-0,04%).

No mercado cambial, o dólar voltou ontem a perder após a nomeação temporária de Stephen Miran para o lugar deixado vago por Adriana Kugler, mas está a começar o último dia da semana a recuperar essas perdas. O índice DXY continua a negociar em torno de 98,00 e o EUR/USD em torno de 1,1650.
A libra segue em ganhos, após o Banco de Inglaterra ontem ter cortado a sua taxa de juro em 25 pontos base, para 4%, mas ter passado em mensagem mais hawkish do que o esperado, com 4 membros do MPC a votarem para a manutenção de taxas, contra 5 para o corte registado. O GBP/USD volta a negociar acima de 1,3400 (1,3440) e o EUR/GBP cai abaixo de 0,8700 (0,8670).
O iene segue a negociar em torno dos recentes mínimos, com o USD/JPY a 147,40 e o EUR/JPY a 171,70.
O franco suíço continua a negociar em perdas. O USD/CHF segue de momento a negociar a 0,8085 e o EUR/CHF a 0,9415.

Os preços do petróleo preparam-se para terminar mais uma semana de perdas, com o pior desempenho desde Junho, entre um aumento da oferta e receios que tarifas mais elevadas vão levar a uma procura global mais contida.
O Brent segue de momento a negociar a $66,60 por barril e o WTI a $64,00.

Bom fim de semana e boas férias!