Café da Manhã
Em queda

Café da Manhã Em queda

Os mercados obrigacionistas globais registam uma tendência de queda, enquanto o ouro volta a renovar máximos históricos; paralelamente, os mercados accionistas acompanham o movimento descendente das obrigações.

Os rendimentos dos títulos do governo japonês a 20 anos aumentaram para níveis não vistos desde 1999, enquanto os rendimentos a 30 anos atingiram o nível mais elevado desde a sua criação. Os futuros dos títulos alemães de prazo mais longo caíram pela quinta sessão consecutiva. Os rendimentos dos títulos norte-americanos a 30 anos permanecem em torno dos 5%.
A fragilidade da dívida pública global de longo prazo decorre da acumulação de gastos pesados, que exige o aumento das vendas de obrigações para financiar, bem como de uma falta geral de confiança na dívida soberana.

Ontem, os mercados accionistas norte-americanos voltaram de um fim de semana prolongado negociando em perdas no seu primeiro dia de Setembro.
A confiança dos mercados foi abalada pelo aumento das yields dos títulos do Tesouro e ainda pela decisão do tribunal federal de recurso que declarou ilegais a maioria das tarifas internacionais de Donald Trump. O PMI manufactureiro do ISM subiu de 48 para 48,7, ligeiramente abaixo dos 49 esperados, com a actividade industrial a manter-se em contracção.
O índice Dow Jones recuou 0,55%, o S&P 500 0,69% e o Nasdaq 0,82%.

Esta noite, os mercados accionistas asiáticos continuaram o movimento iniciado no dia anterior, com as yields obrigacionistas em alta e as acções em queda.
No Japão, o índice Nikkei perdeu 0,82% e o Topix 1,07%.
Na Austrália, o índice ASX 200 caiu 1,82%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, avançou 0,38%.
Na China, apesar do índice privado do PMI de serviços ter mostrado uma subida da actividade económica, o índice CSI300 caiu 0,68%, o Shanghai Composite 1,16% e o Hang Seng 0,76%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a avançar 0,20% e o Sensex 0,09%.

Na Europa, os mercados accionistas, após as perdas de ontem, estão a começar o dia em terreno positivo.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,44% e o Euro Stoxx 50 0,71%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,43% e o CAC 40, de França, 0,74%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança 0,34%.

O mercado cambial registou ontem forte volatilidade, impactado por fortes vendas obrigacionistas.
O dólar registou o primeiro ganho diário em mais de uma semana, com o índice DXY a subir de 97,50 até 98,50, e segue de momento a negociar a 98,25.
O EUR/USD caiu de um máximo à abertura do dia a 1,1718, para um mínimo de 1,1612, estando a começar o dia de hoje a negociar em alta, seguindo de momento a cotar a 1,1650.
A libra foi a divisa que mais perdeu, após as yields obrigacionistas a 30 anos terem atingido máximos de 1998. O GBP/USD atingiu um mínimo de 1,3340 e o EUR/GBP um máximo de 0,8715. A libra segue de momento a negociar face ao dólar a 1,3390 e face ao euro a 0,8700.
O iene também registou perdas, com o USD/JPY a atingir um máximo de 149,15 e o EUR/JPY de 173,45, com os pares a seguirem de momento a negociar a 148,65 e 173,20, respectivamente.
Já o franco suíço ganhou face ao euro e recuou face ao dólar. O USD/CHF negocia de momento a 0,8050 e o EUR/CHF a 0,9370.

Os preços do petróleo estão a começar o dia de hoje a recuar dos recentes máximos, com os mercados a aguardarem pela reunião da OPEP durante o próximo fim de semana.
O Brent segue de momento a negociar a 68,90 e o WTI a 65,30.


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