O último dia da semana traz a divulgação do indicador mais esperado, o número de empregos criados durante o mês de Agosto pela economia norte-americana, que pode dar mais luz às próximas decisões de taxas do Fed.

O grande destaque desta sexta-feira, a primeira do mês de Setembro, não podia deixar de ir para os dados do mercado laboral norte-americano, os nonfarm payrolls.
As previsões apontam para a criação de cerca de 75 mil novos postos de trabalho em Agosto, após os 73 mil registados em Julho. No mês passado, a revisão profundamente negativa dos meses anteriores levou à demissão da então responsável pelo Bureau of Labor Statistics (BLS) por parte de Donald Trump, pelo que qualquer revisão ao número do mês anterior será atentamente observada.
Iremos ter também a divulgação da taxa de desemprego que, segundo as estimativas, deverá subir de 4,2% para 4,3%, enquanto o crescimento salarial deverá manter-se estável em 0,3%.

Mas haverá bastante mais dados de interesse antes destes do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Esta noite, no Japão, de destacar a despesa das famílias e os ganhos salariais médios. As projecções apontam para que a despesa das famílias registe uma aceleração do crescimento anual de 1,3% para 2,2%, enquanto os ganhos salariais deverão evidenciar um ligeiro abrandamento, passando de 3,1% para 3%.

Pela manhã, na Zona Euro, teremos a revisão dos dados do PIB relativos ao segundo trimestre, que deverá confirmar o crescimento trimestral de 0,1%.
Na Alemanha iremos ter a divulgação dos números das encomendas às fábricas que deverão registar uma recuperação de 0,4%, após a queda de 1% do mês anterior.
Em França, a balança comercial de Julho deverá apresentar um défice de 7,3 mil milhões de euros, ligeiramente inferior aos 7,6 mil milhões de euros do mês anterior.
Em Itália teremos os números das vendas a retalho que deverão mostrar uma desaceleração do crescimento mensal de 0,6% do mês anterior para 0,4%.
No Reino Unido o principal destaque recai sobre as vendas a retalho de Julho, para as quais as estimativas apontam para uma subida mensal de 0,4%, após o crescimento de 0,9% registado no mês anterior. Em termos homólogos, prevê-se uma desaceleração do crescimento de 1,7% para 1,3%. Teremos ainda o índice de preços da Nationwide, que deverá revelar uma variação positiva de 0,1%, abrandando face aos 0,6% do mês anterior.
Na Suíça teremos a divulgação das reservas em moeda estrangeira do Banco Nacional da Suíça e ainda o índice de confiança do consumidor SECO, que deverá reflectir uma maior deterioração do sentimento económico, descendo de -33 para -37.

À tarde, no Canadá, teremos também dados do mercado de trabalho, onde as previsões apontam para uma subida da taxa de desemprego de 6,9% para 7%, acompanhada de um ligeiro aumento da taxa de participação de 65,2% para 65,3%. Em termos de criação de emprego, estima-se que a economia tenha acrescentado 30 mil novos postos de trabalho em Agosto, na sua maioria a tempo parcial, após a perda de 40,8 mil empregos em Julho.
Os mercados seguirão igualmente os números do Ivey PMI, que deverão recuar de 55,8 para 53, sinalizando uma desaceleração da actividade económica.