Apesar do aumento das tensões políticas e geopolíticas, bem como de indícios de desaceleração da economia norte-americana, os mercados accionistas mantêm-se firmes, a negociar em terreno positivo.

Israel tentou eliminar os líderes políticos do Hamas com um ataque aéreo ao Qatar intensificando a sua acção militar no Médio Oriente, o presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou Sébastien Lecornu como o seu novo primeiro-ministro, o quinto do país em dois anos, e o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, convocou para hoje uma reunião urgente com as autoridades de defesa, após o seu país ter enviado jatos para interceptar drones russos que violavam o seu espaço aéreo.

Ontem, os mercados accionistas norte-americanos negociaram de novo em alta, com os índices S&P 500 e Nasdaq a voltarem a registar novos máximos recorde. A revisão em baixa do número de empregos criados entre Abril de 2024 e Março de 2025, reforçou as expectativas de redução de cortes de taxas por parte da Fed. Um relatório preliminar do BLS aponta para que a economia norte-americana tenha criado menos 911 mil postos de trabalho, do que aqueles divulgados anteriormente.
O índice Dow Jones avançou 0,43% na sessão, o S&P 500 0,27% e o Nasdaq 0,37%.

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas seguiram o caminho traçado pelos seus congéneres norte-americanos, negociando em ganhos.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão a ganhar 0,91% e o Topix 0,60%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,31%, enquanto na Coreia do Sul o índice Kospi atingiu um novo recorde, pela primeira vez em mais de quatro anos, terminando o dia a ganhar 1,67%.
Na China, o índice CSI300 avançou 0,21%, o Shanghai Composite 0,13% e o Hang Seng, de Hong Kong, 1,07%.
Na Índia, os índices Nifty 50 e Sensex seguem de momento a avançar 0,35%.

Os mercados accionistas europeus estão a começar também o dia em terreno positivo. O índice Euro Stoxx 50 segue de momento a ganhar 0,71%, o DAX alemão avança 0,57% e o CAC 40, de França, 0,81%. No Reino Unido, o índice FTSE 100 é o que menor desempenho regista de momento, avançando 0,30%.

No mercado cambial, o dólar recuperou as perdas recentes e está a começar o dia em torno dos níveis de fecho de ontem, enquanto os mercados aguardam por mais dados relativamente à inflação nos Estados Unidos.
O índice do dólar, DXY, segue de momento a negociar a 97,80 e o EUR/USD recua dos recentes máximos, para cotar de momento em torno de 1,1700.
A libra segue a recuar face ao dólar, onde o GBP/USD negocia a 1,3530, enquanto avança face ao euro, com o EUR/GBP a cotar a 0,8650.
O iene japonês, após rumores de subida de taxas de juro em Outubro apesar da incerteza política, negociou ontem em ganhos, mas segue hoje a recuar desses ganhos. O USD/JPY negocia de momento a 147,40, recuperando de um mínimo de 146,30, e o EUR/JPY a 172,50, recuperando de 172,15.
O franco suíço, após fortes ganhos dos últimos dias, segue de momento a recuar dos mesmos. O USD/CHF cota a 0,7975 e o EUR/CHF a 0,9335.

Os preços do petróleo voltaram ontem a negociar em volatilidade adicional, registando alguns ganhos, após o ataque israelita a Doha, capital do Qatar, levando os mercados a recearem alguma disrupção na oferta de crude.
Os preços seguem a negociar em torno dos recentes níveis, com o Brent a cotar de momento a 66,90 dólares por barril e o WTI a 63,55 dólares.