Em mais um dia bastante pobre de indicadores económicos a nível global, os mercados irão estar especialmente atentos à decisão de taxas do banco central da Nova Zelândia.

Esta noite, na Nova Zelândia, o RBNZ irá decidir a sua política monetária, com os mercados divididos entre uma de duas decisões prováveis.
Uma parte do mercado prevê um corte de 25 pontos base, apoiado em sinais de abrandamento económico e inflação sob controlo, que justificariam um ajustamento cuidadoso na política monetária.
Por outro lado, vários especialistas sugerem um corte mais forte de 50 pontos base, devido à desaceleração mais acentuada da economia e à existência de uma capacidade ociosa significativa, defendendo a necessidade de estímulos maiores para acelerar a recuperação económica e evitar uma estagnação prolongada.

Ainda esta noite, no Japão, iremos ter a divulgação dos ganhos salariais médios, que deverão mostrar uma desaceleração dos 3,4% do mês anterior para 2,8%. Os números da conta-corrente deverão mostrar um excedente de 2,24 triliões de ienes, caindo dos 1,88 triliões do mês anterior. E o índice de confiança dos observadores económicos, segundo as estimativas, deverá mostrar uma subida de 46,7 para 47,1.

Pela manhã, na Alemanha, iremos ter os números da produção industrial que deverá cair 1%, após o aumento de 1,3% do mês anterior.

No Reino Unido, iremos ter a divulgação das minutas da última reunião do Banco de Inglaterra.

Nos Estados Unidos, no final do dia, é a vez de termos a divulgação das minutas da última reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos, onde a taxa de juro foi reduzida pela primeira vez em cerca de um ano, e onde as projecções da FOMC apontaram para mais dois cortes da mesma amplitude até ao final do ano.

Irá ser um dia bastante preenchido de intervenções verbais.
Logo pela manhã, em Tóquio, Kazuo Ueda, governador do Banco do Japão, irá falar no “Paris Europlace Forum”.
Mais tarde, na Conferência de Investigação sobre Bancos Comunitários, organizada pelo Fed de St Louis, iremos ter as participações de Alberto Musalem e de Michael Barr.
No Simpósio de Pagamentos de Chicago será a vez de ouvirmos Austan Goolsbee e de Lorie Logan.
No 10.º Aniversário e Cimeira de Dados do Centro para o Desenvolvimento das Comunidades Indígenas, organizado pelo Fed de Minneapolis, iremos ter intervenções de Michael Barr e de Neel Kashkari.
Christine Lagarde irá falar num evento académico organizado pela Câmara do Comércio do Luxemburgo.
O economista-chefe do Banco de Inglaterra, Huw Pill, irá proferir um discurso intitulado “Incerteza, mudança estrutural e política monetária” na “Maxwell Fry Global Finance Lecture”, organizada pela Universidade de Birmingham, em Inglaterra.