Café da Manhã
Mais tarifas?

Café da Manhã Mais tarifas?

A ameaça de tarifas “massivas” à China por parte dos Estados Unidos levou os mercados financeiros a reagirem em aversão ao risco, mas aparentemente “Vai tudo ficar bem”.

No final da semana passada, Donald Trump ameaçou com um aumento de tarifas “massivas” à China sobre todas as importações, a entrarem em vigor a 1 de Novembro, em resposta às restrições de exportações de terras raras chinesas por parte de Xi Jinping.
A reacção do mercado foi imediata, com o ouro e as obrigações a voltarem a subir e as acções a cair.

Nos Estados Unidos, em véspera de um fim de semana prolongado devido ao feriado do Dia de Colombo hoje, os mercados accionistas registaram fortes perdas. O índice Dow Jones caiu 1,90%, o S&P 500 2,71% e o Nasdaq liderou as perdas ao afundar 3,56%. Em alta só mesmo o índice do medo VIX, que voltou a negociar acima de 20, registando uma subida de cerca de 30% na sessão.

Durante o fim de semana (Domingo), Donald Trump, na sua rede social, disse: "Não se preocupem com a China, tudo ficará bem", acrescentando que "o muito respeitado presidente Xi acabou de passar por um mau momento. Ele não quer uma Depressão para o seu país e eu também não". Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la!!". Este comentário aponta para que negociações até ao prazo dado anteriormente encontrem de novo uma saída.

Os mercados accionistas asiáticos, sem os mercados nipónicos que estiveram fechados em feriado, começaram a semana a negociar em perdas, ainda pressionados pelas novas tensões comerciais.
Na China, apesar dos dados da balança comercial mostrarem um surpreendente aumento das exportações, os principais índices terminaram em perdas. O índice CSI300 recuou 0,50%, o Shanghai Composite 0,19% e o Hang Seng perdeu 1,76%.
Na Austrália, o índice ASX 200 perdeu 0,84% e na Coreia do Sul, o índice Kospi 0,72%.
Na Índia, os índices Nifty 50 e Sensex seguem de momento a recuar cerca de 0,35%.

Em França, Emmanuel Macron reconduziu Sebastian Lecornu e apresentou um novo gabinete com a maioria dos cargos de alto nível a permanecer inalterada. O primeiro-ministro está com o tempo extremamente curto para apresentar um orçamento a tempo de o aprovar antes do final do ano.

Os mercados accionistas na Europa estão a abrir o primeiro dia da semana em terreno positivo, após as perdas registadas no final da semana.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,67% e o Euro Stoxx 50 0,40%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,41% e o CAC 40, de França, 0,64%.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 avança 0,17%.

No mercado cambial, o dólar está a começar a semana a recuperar das perdas registados na passada sexta-feira, com o índice DXY de momento a 98,90, depois de mínimo de 98,58, e o EUR/USD a voltar a negociar abaixo de 1,1600 (1,1590 de momento).
A libra segue pouco alterada dos níveis de fecho da semana passada, com o GBP/USD a negociar de momento a 1,3320 e o EUR/GBP a 0,8700.
O iene está a começar a semana a recuar dos ganhos no final da semana anterior, com o USD/JPY a negociar a 152,40 e o EUR/JPY a 176,60.
Tal como o iene, o franco suíço, que registou ganhos com o aumento da aversão ao risco, está a começar hoje a recuar, com o USD/CHF a negociar de momento a 0,8040 e o EUR/CHF a 0,9310.

O ouro está a começar a semana como tem começado todas as semanas, em alta. Nas primeiras horas da semana já registou novo máximo histórico, desta vez a 4.078 dólares por onça de ouro, seguindo a negociar ligeiramente abaixo desse nível.

Os preços do petróleo estão a começar a semana a recuperar dos mínimos registados no final da semana passada. O tom mais conciliatório de Donald Trump no domingo, elevou expectativas da continuação de entendimento entre as duas maiores economias mundiais e a continuação da procura por energia.
O Brent segue de momento a negociar a 63,55 dólares por barril e o WTI a 59,70, face aos mínimos de 62,55 e 58,70, respectivamente.


O que pensa sobre este tema?