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Os mercados accionistas voltam a negociar em alta, com os investidores a ignorarem, para já, as tensões entre os Estados Unidos e a China e a focarem-se em expectativas de cortes de taxas de juro

Jerome Powell, numa conferência de imprensa de ontem em Washington, apontou no sentido de apoiar um novo corte de taxas de juro na reunião deste mês de Outubro, sinalizando ainda que a Fed estará perto de terminar o seu programa de “quantitative tightening”.

Os mercados accionistas norte-americanos começaram a sessão em baixa, mas acabaram por recuperar terreno, impulsionados pelos resultados acima do esperado, apresentados pelos principais bancos do país e pelas declarações de Jerome Powell, que reforçaram a expectativa de continuidade nos cortes de taxas de juro, em linha com o que o mercado já antecipava. No entanto, o tom positivo perdeu força na reta final da sessão, depois de Donald Trump ter acusado a China de interromper intencionalmente as compras de soja — um gesto que classificou como “economicamente hostil” —, ameaçando responder com medidas de retaliação noutros sectores, nomeadamente o dos óleos alimentares.
No fecho, o índice Dow Jones avançou 0,44%, enquanto o S&P 500 recuou 0,16% e o Nasdaq perdeu 0,76%.

Esta noite, os mercados accionistas asiáticos voltaram também a negociar em alta pela primeira vez nas últimas quatro sessões, com os investidores irem pelo caminho deixado aberto por Wall Street.
No Japão, apesar das incertezas políticas, o índice Nikkei terminou a sessão a ganhar 1,78% e o Topix 1,58%.
Na Austrália, o índice ASX 200 subiu 1,03% e o Kospi, da Coreia do Sul, 2,68%, liderando os ganhos.
Na China, o índice CSI300 ganhou 1,48%, o Shanghai Composite 1,22% e o Hang Seng, de Hong Kong, 1,85%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a avançar 0,74% e o Sensex 0,62%.

Na Europa, os mercados accionistas estão também a começar o dia em terreno positivo.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,65% e o Euro Stoxx 50 1,13%.
Na Alemanha, o índice DAX avança marginalmente 0,08%, enquanto o CAC 40 lidera os ganhos ao subir 2,21%, após Lecornu ter ontem recuado com a proposta de lei do tempo de reforma, para obter o apoio dos socialistas, que poderá levar a que o seu orçamento passe no parlamento.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 segue praticamente inalterado (-0,03%).

No mercado cambial, o dólar está a começar o dia a recuar dos recentes máximos da semana, com o índice DXY a voltar a negociar abaixo de 98,00, de momento a 98,50 e o EUR/USD acima de 1,1600 (1,1635).
A libra segue pouco alterada dos níveis de ontem, com o GBP/USD a negociar a 1,3340 e o EUR/GBP a 0,8720.
O iene japonês regista ganhos ligeiros, com o USD/JPY a cotar de momento a 151,25 e o EUR/JPY a 176,00, tal como o franco suíço que negocia face ao euro a 0,9300 e ao dólar a 0,8000.

O ouro continua a negociar em alta, atingindo pela primeira vez a marca dos 4.200 dólares por onça, impulsionado por mais expectativas de cortes de taxas de juro.

Os preços do petróleo continuam a negociar em perdas com os investidores a avaliar o alerta da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre um excedente de oferta em 2026 e as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, que podem reduzir a procura.
O Brent segue de momento a negociar a 62,30 dólares por barril e o WTI a 58,20.


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