Café da Manhã
Entre tensões e resultados

Café da Manhã Entre tensões e resultados

A confiança dos investidores segue entre pressões vindas das renovadas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, e suportada por um início de apresentação de resultados acima das suas estimativas.

Os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão maioritariamente em terreno positivo, ajudados pelos resultados apresentados pelos maiores bancos dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que desvalorizaram o aumento de tensões comerciais entre a China e os EUA.
Noutra frente, o relatório Beige Book da Reserva Federal revelou uma fraqueza contínua na economia norte-americana, reforçando as expectativas de novos cortes nas taxas de juro nos próximos meses. Segundo o relatório, a actividade económica “mudou pouco” desde o último relatório, com o mercado laboral a apresentar sinais de debilidade, com muitos empregadores a reduzirem efectivos devido à menor procura, incerteza económica e investimentos em inteligência artificial.
O índice Dow Jones terminou a sessão praticamente inalterado (-0,04%), enquanto o S&P 500 avançou 0,66% e o Nasdaq 0,89%.

Na Ásia, os mercados accionistas voltaram a negociar maioritariamente em alta, seguindo o caminho deixado pelos congéneres norte-americanos.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão a ganhar 1,33% e o Topix 0,62%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,86%, enquanto o Kospi, na Coreia do Sul, subiu 2,49%, liderando de novo os ganhos.
Na China, o índice CSI300 avançou 0,26% e o Shanghai Composite 0,10%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,23%.
Na Índia, os principais índices Nifty 50 e Sensex seguem de momento a ganhar cerca de 0,75%.

Os mercados accionistas europeus estão a começar o dia a negociar em terreno negativo, enquanto esperam por desenvolvimentos em Paris, onde o primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, deverá sobreviver a duas moções de censura, depois de se ter oferecido para suspender a histórica reforma da segurança social do presidente Emmanuel Macron para obter o apoio da esquerda.
O índice Euro Stoxx 50 segue de momento a recuar 0,23%, enquanto o Euro Stoxx 600 está inalterado.
Na Alemanha, o índice DAX recua 0,45% e o CAC 40, de França, recua 0,18%.
No Reino Unido, o FTSE 100 recua 0,25%, após dados do PIB de Agosto terem saído em linha com o esperado e com a produção industrial a subir 0,4%, acima dos 0,2% estimados.

No mercado cambial, o dólar continua a recuar dos máximos da semana passada, com o índice DXY a começar o dia a negociar em torno de 98,30 e o EUR/USD a 1,1660.
A possibilidade de a oposição poder nomear um primeiro-ministro, afastando assim a líder do Partido Liberal Democrático, está a impulsionar o iene, que começa o dia a negociar em torno dos recentes ganhos, com o USD/JPY a negociar de momento a 151,00 e o EUR/JPY a manter-se em torno de 176,00.
A libra está a começar o dia a continuar os ganhos registados na sessão de ontem, com o GBP/USD de novo acima de 1,3400 (1,3420) e o EUR/GBP abaixo de 0,8700 (0,8680).
O franco suíço segue também em ganhos, impulsionado pelo seu papel de moeda de refúgio. O USD/CHF segue de momento a negociar a 0,7965 e o EUR/CHF a 0,9280.

O ouro continua a negociar em alta, impulsionado pelas incertezas políticas em França e o aumento das expectativas de cortes de taxas de juro, assim como por um dólar mais frágil.
A onça de ouro segue de momento a negociar perto do recente máximo histórico de 4.242 dólares, a 4,230.

Os preços do petróleo continuam a negociar em baixa, em torno dos recentes mínimos dos últimos cinco meses. O shutdown norte-americano e o aumento das tensões pressionam a procura, enquanto as expectativas da continuação do aumento da oferta continuam a pesar nos preços do crude.
Os preços seguem pouco alterados aos mínimos da semana, com o barril de Brent a negociar de momento a 62,60 dólares e o WTI a 58,40.


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