Os mercados accionistas estão a começar o segundo dia de Novembro em fase de correcção, após os expressivos ganhos das últimas semanas, reflectindo uma tomada de mais-valias por parte dos investidores.

A confiança dos investidores deteriorou-se com os dados económicos (poucos) norte-americanos abaixo do esperado e a crescente incerteza sobre um eventual corte de taxas pela Reserva Federal dos Estados Unidos.

Ontem, os mercados acionistas norte-americanos encerraram a sessão com desempenhos mistos, num dia marcado por negócios ligados à Inteligência Artificial — com acordos entre a Amazon e a OpenAI, e entre a IREN e a Microsoft — que reforçaram a confiança dos investidores. Em contrapartida, os comentários de vários membros da FOMC sobre o rumo da Reserva Federal em matéria de cortes de taxas de juro trouxeram alguma cautela ao mercado. Os dados da atividade manufatureira do ISM ficaram abaixo das estimativas, contribuindo para a hesitação.
O índice Dow Jones recuou 0,48%, enquanto o S&P 500 avançou 0,17% e o Nasdaq ganhou 0,46%.

Esta noite, o Reserve Bank of Australia manteve inalterada a sua taxa de juro, como esperado, sublinhando as preocupações com a inflação.
No Japão, os investidores voltaram de um fim de semana prolongado, levando os principais índices a cair dos recentes máximos históricos. O índice Nikkei terminou a sessão de hoje a perder 1,60% e o Topix 0,65%.
Na Austrália, o índice ASX 200 recuou 0,91%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, liderou as perdas ao cair 2,37%, após dados da inflação acima do esperado.
Na China, o índice CSI300 recuou 0,75%, o Shanghai Composite 0,41% e o Hang Seng, de Hong Kong, 0,79%.
Na Índia, os principais índices Nifty 50 e Sensex seguem de momento a perder 0,55%.

Na Europa, os mercados accionistas estão a começar o dia também em perdas significativas.
O índice Euro Stoxx 600 cai 1,21% e o Euro Stoxx 50 1,35%. Na Alemanha, o índice DAX perde de momento 1,44% e o CAC 40, de França, 1,35%. No Reino Unido, o índice FTSE 100 recua 0,98%.

No mercado cambial o dólar continua a negociar em alta, com o índice DXY a manter-se em torno dos recentes máximos (de momento a 99,75), enquanto o EUR/USD testa a marca psicológica dos 1,1500.
A libra está a começar o dia em perdas acentuadas enquanto os mercados aguardam pela decisão de política monetária desta semana do Banco de Inglaterra. O GBP/USD segue de momento a negociar em novos mínimos dos últimos seis meses abaixo de 1,3100 (1,3080) e o EUR/GBP volta a negociar acima de 0,8800.
O iene japonês segue a recuperar algum do espaço perdido nos últimos dias, com o USD/JPY a negociar abaixo de 154,00 (153,70) e o EUR/JPY abaixo de 177,00 (176,90).
O franco suíço continua a recuar dos máximos recentes e a negociar em torno dos mínimos dos últimos dias, com as expectativas dos mercados a apontarem para a possibilidade de um novo corte de taxas, após os dados da inflação abaixo do esperado, divulgados durante o dia de ontem. O USD/CHF negocia de momento a 0,8085 e o EUR/CHF a 0,9310.

O ouro segue a negociar em torno dos recentes níveis, continuando pressionado após Pequim suspender benefícios fiscais, tornando o ouro mais caro para os consumidores chineses. A onça de ouro continua a negociar em torno dos 4.000 dólares, não beneficiando para já do seu papel de activo de refúgio.

Os preços do petróleo seguem a negociar em perdas, com os investidores a interpretarem a decisão da OPEP+ de suspender os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026 como um sinal de excesso de oferta no mercado.
O Brent negocia de momento a 64,10 dólares por barril e o WTI a 60,30 dólares.