Café da Manhã
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Café da Manhã Em queda

Os mercados accionistas continuam a recuar, com os investidores a reavaliarem as avaliações das empresas tecnológicas, especialmente em torno dos investimentos em inteligência artificial.

Ontem, os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão em perdas, após avisos de executivos de Wall Street alertarem para uma possível correcção nas elevadas avaliações em torno da inteligência artificial.
Após o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, ter alertado no mês passado para o risco elevado de uma correção significativa do mercado de acções nos próximos seis meses a dois anos, citando factores como tensões geopolíticas, ontem foram os CEOs da Morgan Stanley e da Goldman Sachs a alimentar receios de uma potencial bolha nos mercados.
Também a contribuir para o sentimento negativo nos mercados esteve ainda a notícia de que Michael Burry, conhecido pela sua famosa tomada de posição curta no mercado imobiliário, o “Big Short”, desta vez ter tomado posições curtas na Palantir e na Nvidia. Tudo isto enquanto o governo dos Estados Unidos continua em shutdown.
Os principais índices terminaram em perdas significativas, onde o Dow Jones recuou 0,53%, o S&P 500 perdeu 1,17% e o Nasdaq caiu 2,04%.

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas voltaram a negociar maioritariamente em perdas.
As maiores quedas deram-se no Japão e na Coreia do Sul, onde o índice Nikkei caiu 2,33%e o Topix 1,26%, enquanto o Kospi sul-coreano liderou as perdas ao cair 2,85%.
Na Austrália, o índice ASX 200 recuou marginalmente 0,13%.
Na China, os índices CSI300 e Shanghai Composite foram excepção, terminando a avançar 0,19% e 0,23%, respectivamente, enquanto o Hang Seng recuou 0,30%.

Os mercados accionistas europeus estão também a começar o dia em terreno negativo, apesar dos dados das encomendas às fábricas na Alemanha e da produção industrial em França terem saído acima do esperado pelos mercados.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a recuar 0,12% e o Euro Stoxx 50 0,38%.
Na Alemanha, o índice DAX perde 0,39%, enquanto o índice francês CAC 40 e o britânico FTSE 100, seguem praticamente inalterados (-0,02% e +0,03%, respectivamente).

No mercado cambial o dólar continua a beneficiar da falta de notícias e de um mercado em correcção. O índice do dólar, DXY, volta a negociar acima de 100,00, preparando-se para testar a média móvel dos 200 dias, enquanto o EUR/USD negocia abaixo de 1,1500, pela primeira vez desde o primeiro dia de Agosto e testa o suporte dado pela média móvel dos duzentos dias (de momento a 1,1490).
A libra continua a negociar em perdas, enquanto o mercado aguarda pela reunião de amanhã do Banco de Inglaterra. O GBP/USD atingiu um novo mínimo desde Abril a 1,3010, seguindo de momento a negociar a 1,3040, e o EUR/GBP acima de 0,8800 em recuando de um máximo desde Abril de 2023 a 0,8830.
O iene segue a negociar em torno dos níveis de ontem, com o USD/JPY a cotar em torno de 153,50 e o EUR/JPY a 176,40.
O franco suíço segue a negociar em torno dos recentes mínimos, com o USD/CHF a cotar de momento a 0,8100 e o EUR/CHF a 0,9305.

O ouro volta a negociar em perdas, continuando a não beneficiar do sentimento de aversão ao risco, estando pressionado por um dólar mais forte e yields obrigacionistas em alta.
A onça de ouro volta a negociar abaixo dos 4.000 dólares, seguindo de momento a 3.980,00 dólares.

Os preços do petróleo seguem também a negociar em queda, pressionados por um excesso de oferta, após a divulgação dos inventários semanais de crude do American Petroleum Institute, que mostraram um aumento inesperado de 6,5 milhões de barris, o maior em mais de três meses.
O Brent segue de momento a negociar a 64,60 por barril e o WTI a 60,70 dólares.


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