Café da Manhã
Confiança de volta
Os mercados accionistas voltam a ganhos, após dados económicos norte-americanos acima do esperado pelos investidores e com o Supremo Tribunal dos Estados Unidos a poder reverter as tarifas de Trump.
Os juízes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos levantaram ontem dúvidas sobre a legalidade das amplas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, dando sinais que poderá estar pronto para intervir.
Os mercados accionistas norte-americanos terminaram o dia de ontem de volta a ganhos, após dados privados do emprego acima do esperado, levando a uma acalmia em torno das avaliações excessivas do sector tecnológico.
O relatório ADP mostrou um aumento de 42 mil novos postos de trabalho, bem acima dos cerca de 28 mil esperados pelo mercado, e após a queda de 29 mil do mês anterior. Entretanto, tivemos também o PMI de serviços do ISM que subiu mais do que o esperado pelos mercados, de 50,0 para 52,4.
Resultados empresariais acima das expectativas de Wall Street ajudaram também para a recuperação da confiança dos investidores que levaram os principais índices bolsistas para terreno positivo.
O índice Dow Jones avançou 0,48%, o S&P 500 0,37% e o Nasdaq 0,65%.
Esta noite, na Ásia, as acções negociaram seguindo o sentimento deixado por Wall Street, com os investidores a verem poucos motivos para pânico após a forte queda do dia anterior.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão a ganhar 1,19% e o Topix 1,38%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,30% e o Kospi, da Coreia do Sul, 0,55%.
Na China, o índice CSI300 ganhou 1,43%, o Shanghai Composite 0,97% e o Hang Seng, de Hong Kong, liderou ao subir 2,21%.
Na Índia, os principais índices contrariam as restantes praças, com o índice Nifty 50 a recuar de momento 0,22% e o Sensex 0,06%.
Os mercados accionistas europeus estão a começar o dia em terreno negativo, enquanto esperam pelos dados das vendas a retalho e após números decepcionantes da produção industrial alemã.
Os índices Euro Stoxx 600 e Euro Stoxx 50 seguem de momento a recuar 0,15% e 0,12%, respectivamente.
Na Alemanha, o índice DAX recua 0,18% e o CAC 40, de França, 0,49%, enquanto no Reino Unido, o índice FTSE 100 recua 0,18%, enquanto os investidores aguardam pela decisão de taxas do Banco de Inglaterra.
No mercado cambial o dólar parece estar a perder o fôlego dos últimos dias, apesar de dados do emprego divulgados ontem, acima do esperado pelos mercados.
O índice do dólar, DXY, volta a negociar abaixo dos 100 e dos recentes máximos (de momento a 99,80). O EUR/USD recuperou o nível psicológico de 1,1500 (de momento a 1,1515).
A libra regista uma ligeira recuperação dos recentes mínimos, enquanto os mercados aguardam pela decisão de taxas do Banco de Inglaterra de hoje. O GBP/USD segue de momento a negociar a 1,3080 e o EUR/GBP a 0,8805.
O iene japonês continua a negociar em torno dos recentes, com o USD/JPY a seguir de momento a negociar a 153,70 e o EUR/JPY a 177,00.
O franco suíço segue em torno dos recentes mínimos, com o USD/CHF a negociar de momento a 0,8090 e o EUR/CHF a 0,9315.
O ouro, continua a negociar em torno dos recentes níveis, estabilizando em torno dos 4.000 dólares por onça, pressionado por ganhos do dólar e das yields obrigacionistas, e suportado por alguma incerteza que se mantém nos mercados em termos globais. A onça de ouro segue de momento a negociar a 4.010,00 dólares.
Os preços do petróleo voltaram ontem a terminar o dia em perdas, pressionados desta vez pelo relatório dos inventários de crude norte-americano a mostrar um aumento bem acima do esperado pelos mercados.
A EIA reportou uma subida de 5,2 milhões de barris de crude nas suas reservas, face a estimativas que apontavam no sentido oposto, numa queda de 2,5 milhões de barris.
Os preços estão a começar o dia de hoje a recuperar dos mínimos de ontem, com o barril de Brent a negociar de momento a 64,15 dólares e o do WTI a 60,35 dólares.