Café da Manhã
Em modo de risco

Café da Manhã Em modo de risco

Os mercados financeiros continuam a negociar em modo de risco, enquanto aguardam pelo fim do shutdown norte-americano durante o dia de hoje.

A Câmara dos Representantes, de maioria republicana, deverá votar ainda hoje um acordo que irá restaurar o financiamento das agências governamentais e terminará a paralisação que começou a 1 de Outubro, agora a mais longa da história dos Estados Unidos.

Ontem, os mercados accionistas norte-americanos encerraram maioritariamente em terreno positivo, impulsionados por dados mais fracos do que o esperado no mercado laboral privado. O relatório da ADP revelou que, nas quatro semanas até 25 de Outubro, as empresas norte-americanas eliminaram em média 11.250 postos de trabalho por semana. Estes números, aliados a indicadores igualmente débeis do inquérito da NFIB, reforçaram as expectativas de que a Reserva Federal possa avançar com um corte nas taxas de juro já em Dezembro.

O índice Dow Jones ganhou 1,23%, atingindo um novo recorde histórico, enquanto o S&P 500 avançou 0,21%. Já o Nasdaq, mais exposto ao sector tecnológico, recuou 0,25%, penalizado pelas perdas da Nvidia — afectada pela venda de 5,8 mil milhões de dólares em acções por parte do SoftBank — e da CoreWeave, que afundou 16,3% após rever em baixa as suas previsões de receitas.

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas seguiram também a negociar maioritariamente em terreno positivo.
No Japão, um iene mais fraco continua a impulsionar o preço das acções. O índice Nikkei terminou a sessão a avançar 0,49% (apesar de perdas significativas do SoftBank) e o Topix ganhou 1,14%.
Na Austrália, o índice ASX 200 recuou 0,22%, enquanto o Kosppi, da Coreia do Sul, ganhou 1,07%.
Na China, o índice CSI 300 recuou 0,13% e o Shanghai Composite 0,07%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,85%.
Na Índia, os principais índices Nifty 50 e Sensex seguem de momento a ganhar cerca de 0,75%.

Na Europa, os mercados accionistas estão também a começar esta quarta-feira em ganhos.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,50% e o Euro Stoxx 50 0,76%. Na Alemanha, o índice DAX ganha 0,90%, o CAC 40, de França, 0,68% e o FTSE 100, no Reino Unido, segue praticamente inalterado (+0,01%).

No mercado cambial, o dólar está a começar o dia a recuperar das perdas dos últimos dias, com o índice DXY a cotar de momento a 99,45, enquanto o EUR/USD recua dos máximos da semana, registados ontem a 1,1605, negociando de momento a 1,1575.
A libra está a começar o dia a voltar a negociar em perdas, com o GBP/USD a cotar de momento a 1,3120 e o EUR/GBP a 0,8825.
O iene está também a começar o dia a negociar em perdas significativas, apesar de alguns avisos da ministra das finanças de que segue a acompanhar os mercados. O USD/JPY negocia de momento a 154,80, um máximo dos últimos nove meses, e o EUR/JPY acima de 179,00, o que faz pela primeira vez desde Agosto de 1990.
Em sentido inverso segue o franco suíço, que volta hoje a negociar em ganhos, com o USD/CHF a cair de novo abaixo dos 0,8000 (de momento a 0,7990) e o EUR/CHF a 0,9250.

O ouro segue ao nível de fecho de ontem, em torno de máximos da semana, negociando de momento a 4.127 dólares por onça.

O entusiasmo em torno do fim do shutdown nos Estados Unidos chegou também aos mercados petrolíferos, alimentando esperança de um aumento da procura. Os preços terminaram ontem o dia a negociar em alta, com o barril de Brent a negociar acima de 65,00 dólares e do WTI de 61,00.
Os preços estão a começar o dia, pouco alterados, mas abaixo desses níveis, com o Brent a negociar a 64,70 dólares por barril e o WTI a 60,50 dólares.


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