EUR/USD
Semanal

EUR/USD Semanal

A volatilidade no EUR/USD manteve-se bastante reduzida nos últimos dias, mas a semana que se aproxima deverá finalmente trazer algum dinamismo, sobretudo se, com alguma sorte, começarem a ser divulgados dados económicos nos Estados Unidos.

A semana passada voltou a ser marcada pela escassez de indicadores vindos do outro lado do Atlântico, enquanto na Europa os poucos dados publicados ficaram, no essencial, alinhados com as expectativas do mercado.

Voltámos a ouvir várias intervenções de membros tanto da Reserva Federal como do Banco Central Europeu, todas elas dentro da narrativa já conhecida: no caso da Fed, tudo permanece em aberto para a última reunião do ano; no caso do BCE, o cenário base continua a apontar para a manutenção das taxas no nível atual. Ainda assim, o mercado voltou a recuar nas expectativas de um corte de juros pelos EUA na reunião de 10 de Dezembro. De acordo com a FedWatch Tool da CME, a probabilidade de um corte de 25 pontos base caiu para abaixo de 50%, depois de ter rondado 70% há uma semana e estar muito perto de 100% há apenas um mês. A postura mais hawkish observada na reunião anterior — e menos dovish por parte de vários membros da FOMC — ajuda a explicar este ajustamento, mas a falta de novos indicadores também tem desempenhado um papel relevante.

A volatilidade permaneceu baixa, embora tenhamos assistido a algum arrefecimento dos ganhos recentes do dólar, que voltou a negociar em terreno negativo ao longo da semana. Esse movimento deu algum suporte ao EUR/USD, que, apesar de continuar preso a um intervalo estreito, encerrou a semana em ligeira alta. Do lado dos dados, a única novidade foi o relatório semanal da ADP, que voltou a evidenciar fragilidade no mercado laboral norte-americano, com uma perda média de 11.250 postos de trabalho nas quatro semanas até 25 de Outubro.

Na próxima semana teremos, pelo menos, os dados privados da S&P Global referentes à atividade económica. O mercado antecipa uma continuação da recuperação da confiança na Zona Euro, enquanto nos EUA se espera um ligeiro recuo face às últimas leituras.

Na minha opinião, estes dados — mantendo-se tudo o resto constante — poderiam dar algum suporte adicional ao EUR/USD. No entanto, o foco estará sobretudo no eventual desbloqueio dos indicadores oficiais norte-americanos: o Bureau of Labour Statistics poderá finalmente publicar, no dia 20, o relatório de emprego de Setembro. Apesar de atrasados, estes números deverão introduzir alguma volatilidade no par.

Um relatório fraco poderá reacender as expectativas de cortes de juros e pressionar o dólar, impulsionando o EUR/USD. Pelo contrário, um número mais sólido poderá reforçar a ideia de que a Fed não precisa de avançar com mais um corte este ano.

No essencial, o EUR/USD continua a navegar num ambiente de elevada incerteza, onde a falta de dados concretos tem contido os movimentos, mas onde qualquer nova informação poderá rapidamente redefinir o sentimento do mercado. À medida que nos aproximamos de uma semana potencialmente mais rica em indicadores, o par mantém-se sensível a qualquer surpresa vinda tanto da Fed como dos dados norte-americanos, preparando o terreno para um regresso a alguma volatilidade após este período de relativa calmaria.

Por mim, continuo a acreditar que a divergência de fundo entre a Fed e o BCE, deverá continuar a sustentar o EUR/USD no horizonte de longo prazo0.



Tecnicamente

Gráfico EUR/USD semanal

Fonte XTB xStation 5


A volatilidade continuou contida e o EUR/USD voltou a negociar num intervalo bastante estreito, mas desta vez, invertendo a tendência descendente que tem ultimamente registado, recuperando de um mínimo de mais de três meses atingido na semana passada.

Por aqui nada de novo, o MACD mantém-se positivo, mas a força do momentum continua a desacelerar, enquanto o RSI, de momento a 55, aparenta encontrar suporte acima da linha neutra.

O EUR/USD recuperou a área 1,1573/1,1600, apontando de novo para que se mantenha na área de consolidação 1,1600/1,1800.
O ultrapassar da, agora resistência, dada pela média móvel das 21 semanas (de momento a 1,1673) poderá dar força ao par para um teste à resistência a 1,1830, que se ultrapassada, levará de novo os mercados a olharem para o máximo do ano a 1,1918 e para a referência psicológica dada pelo nível 1,2000.

Uma inversão da tendência das duas últimas semanas que leve o par a negociar abaixo do mínimo de 1,1467, irá acelerar o anterior cenário bearish do par, onde os mercados voltarão a olhar para a referência dada pelo mínimo do primeiro dia de Agosto a 1,1391, que se quebrado irá expor a referência dada pelo mínimo de Maio deste ano a 1,1065.

Gráfico EUR/USD diário

Fonte XTB xStation 5

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O comentário é disponibilizado todas as manhãs, tentativamente entre as 10h00 e as 10h30.

O EUR/USD continuou a tendência ascendente com que terminou a semana anterior, continuando a corrigir o movimento que trouxe o preço do máximo do ano até ao mínimo deste mês de Novembro.

Os indicadores de momentum mostram agora um momentum positivo, com o RSI acima da linha de 50 (53) e o MACD abaixo da linha neutra, mas com a linha de MACD bem acima da linha de Sinal.

O EUR/USD está a testar os 38,2% Fibonacci retracement do movimento mencionado acima. O break do mesmo (1,1639), e da área de resistência 1,1645/1,1669, afasta o cenário bearish do par. O par poderá enveredar por uma correcção mais ampla, onde o próximo objectivo poderá estar nos 61,8% Fib do mesmo movimento, a 1,1746, onde encontrará pela frente a resistência mais forte dada pela Nuvem de Ichimoku (1,1655/1,1695 de momento).

Uma inversão da actual tendência ascendente de curto prazo que leve o preço abaixo da média móvel dos 21 dias (de momento a 1,1589), poderá desencadear um novo movimento em baixa com um primeiro suporte a 1,1542, que se quebrado irá expor e mínimo do mês a 1,1467.


Resistências - Suportes

1,1669 - 1,1589

1,1746 - 1,1542

1,1830 - 1,1467


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