Os mercados accionistas voltaram a negociar em alta, com o momento a ser impulsionado por um aumento da expectativa de corte de taxas nos Estados Unidos e da continuação das conversas entre Trump e Xi.

Os investidores sentem-se um pouco mais tranquilos com o facto de o presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, terem retomado as conversações. Os dois líderes falaram ontem por telefone para discutir temas polémicos como o fentanil, a soja e a guerra da Rússia na Ucrânia. As negociações de alto risco deste fim de semana em Genebra deram um novo impulso às negociações de paz. Uma proposta inicial de 28 pontos, mediada pelos EUA, foi reduzida a um novo plano de 19 pontos pelos EUA e pela Ucrânia. Os principais negociadores norte-americanos e russos iniciaram ontem à noite as conversações em Abu Dhabi, que deverão continuar hoje.

Ontem, os mercados accionistas norte-americanos abriram uma semana curta em alta, continuando o movimento da passada sexta-feira, com as expectativas de corte de taxas de juro já na próxima reunião de Dezembro da Reserva Federal a aumentarem. Segundo a FedWatch Tool, a probabilidade de um novo corte de 25 pontos base em Dezembro aumentou para cima de 80%, depois de na semana anterior ter chegado abaixo de 30%. Após John Williams na passada sexta-feira, esta segunda-feira foi a vez de Christopher Waller e Mary Daly, reiterarem a intenção de apoiarem um corte já dentro de duas semanas.
O índice Dow Jones avançou 0,44% e o S&P 500 1,55%, enquanto o índice Nasdaq liderou os ganhos ao subir 2,69%.

Na Ásia, os mercados accionistas seguiram o caminho deixado por Wall Street, com o aumento das expectativas de que a Reserva Federal anunciará um corte na taxa de juro em Dezembro.
No Japão, os investidores voltaram de um fim de semana longo onde observaram um aumento de tensões com a China e levaram os principais índices a terminarem mistos neste primeiro dia da semana. O índice Nikkei avançou marginalmente 0,07%, enquanto o Topix recuou 0,21%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,14% e o Kospi, da Coreia do Sul, 0,30%.
Na China, o índice CSI300 ganhou 0,95%, o Shanghai Composite 0,87% e o Hang Seng, de Hong Kong, 0,69%.
Na Índia, os principais índices seguem sem uma direcção bem definida, com o Nifty 50 praticamente inalterado (-0,01%) e o Sensex a avançar timidamente 0,10%.

Os mercados accionistas europeus estão a começar um dia praticamente vazio de indicadores económicos com os principais índices pouco alterados.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,08% e o Euro Stoxx 50 0,10%.
Na Alemanha, o índice DAX recua 0,03%, enquanto o CAC 40, de França, avança 0,14% e o FTSE no Reino Unido 0,11%.

No mercado cambial a baixa volatilidade continua manter-se, onde o dólar segue a consolidar os recentes ganhos com o DXY acima de 100,00 e o EUR/USD acima de 1,1500.
A libra segue em torno dos recentes níveis registando ligeiros ganhos, com o GBP/USD a negociar em torno de 1,3100 e o EUR/GBP de 0,8800.
O iene japonês regista alguns ganhos, após mais um aviso de intervenção, desta vez por parte do Ministro da Estratégia de Crescimento do Japão, Minoru Kiuchi, ter afirmado que o governo está a "monitorizar os movimentos cambiais, incluindo a actividade especulativa, com um grande sentido de urgência". O USD/JPY segue de momento a negociar a 156,40 e o EUR/JPY a 180,30.
Já o franco suíço segue em ligeiras perdas, com o USD/CHF a negociar em torno de 0,8090 e o EUR/CHF de 0,9330.

O ouro volta a negociar em alta, impulsionado pelas expectativas de mais cortes de taxas de juro do dólar norte-americano.
A onça de ouro, após consolidação acima dos 4.000 dólares, segue a negociar acima dos 4.100 dólares (de momento a 4.125,00).

Os preços do petróleo recuperaram ontem das perdas logo no início da semana, com as expectativas de cortes de taxas a levarem os mercados a esperar por uma maior procura por crude, enquanto, por outro lado, recuaram as expectativas dos investidores para um plano de paz para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Os preços cedem ligeiramente hoje, com o Brent a negociar de momento a 62,35 dólares por barril e o WTI a 58,50 dólares.