Amanhã destacamos
Reino Unido
Nesta quarta-feira, véspera do feriado nos EUA do Dia de Acção de Graças, o palco principal será tomado pela “Chancellor of the Exchequer”, que apresentará o Orçamento de Outono no Parlamento britânico.
No Reino Unido, a Ministra das Finanças Rachel Reeves prepara-se para apresentar o Orçamento de Outono num momento crítico para a economia britânica e para a credibilidade do governo trabalhista. Com um défice estimado em 20 mil milhões de libras, crescimento anémico, inflação ainda elevada e rendimentos das gilts em máximos de quase três décadas, Reeves vê o espaço de manobra reduzido pelos compromissos eleitorais de não aumentar os principais impostos. As expectativas apontam para medidas “discretas”, como o prolongamento do congelamento dos escalões fiscais, alterações ao imposto sobre heranças e possíveis ajustamentos às regras das pensões.
Para os mercados, o foco estará na credibilidade do plano fiscal, no impacto das medidas sobre o crescimento e nas novas previsões do OBR. Um orçamento sólido poderá aliviar a pressão sobre a libra e sobre a dívida pública; já sinais de hesitação ou falta de rigor poderão desencadear nova volatilidade num momento em que a confiança dos investidores permanece frágil.
Esta noite, na Nova Zelândia, as atenções estarão na decisão de política monetária do RBNZ. A expectativa dominante nos mercados financeiros é de que o banco central neozelandês anuncie uma redução da taxa oficial de juros em 25 pontos base, descendo para 2,25%, continuando a estratégia de flexibilização iniciada em 2024 face à desaceleração da actividade económica e à inflação a recuar gradualmente para dentro do intervalo-alvo entre 1% e 3%.
Na Austrália são os dados da inflação que irão atrair a atenção dos investidores. Em Outubro, segundo as previsões, os preços em termos mensais deverão mostrar um aumento de 0,2%, após os 1,3% no mês anterior, com a inflação anual a recuar dos 3,5% do mês anterior, para 3,3%. A medida mais seguida pelo RBA, a RBA Trimmed Mean, deverá mostrar um abrandamento dos 3% no mês anterior, em termos anuais, para 2,9%, e a nível mensal de 1% para 0,3%.
Teremos também dados da construção realizada no terceiro trimestre que, após o crescimento de 3% no trimestre anterior, deverá mostrar um aumento de 0,4%.
Pela manhã, na Suíça, teremos o índice de confiança económico que, segundo as estimativas, deverá mostrar uma queda de -7,7 para -8,8.
O Banco Central Europeu irá divulgar o Relatório de Estabilidade Financeira.
À tarde, nos Estados Unidos, iremos ter mais uma série de dados compactados devido à anterior paralisação governamental que leva à divulgação atrasada de vários dados e ainda por causa do feriado do Thanksgiving e da Black Friday.
Os números semanais de novos pedidos de subsídio de desemprego, segundo as estimativas, deverão mostrar 224 mil pedidos, ligeiramente acima da semana anterior de 222 mil.
Iremos ter mais dados do mercado imobiliário. As licenças de construção do mês de Setembro, após a contracção de 2,3% no mês anterior, deverão mostrar um aumento de 0,8% e de 0,7% em Outubro. As vendas de casas novas em Setembro deverão mostrar uma queda de 13,8% e em Outubro, um crescimento de 1,4%.
Teremos a divulgação dos dados das encomendas de bens duradouros de Setembro e Outubro. Os primeiros deverão mostrar um aumento de 0,2% e os segundos uma contracção de 0,3%, sem transportes, em Setembro, deverão mostrar um aumento de 0,2% e em Outubro uma contracção de 0,1%.
Teremos também a divulgação do índice Chicago PMI que deverá subir de 43,8 para 46.
Iremos ter ainda a divulgação do relatório da Fed, o Beige Book, com importância redobrada, face à ausência de dados do emprego e da inflação até à reunião de 10 de Dezembro da Reserva Federal dos Estados Unidos.