Em véspera de feriado nos Estados Unidos as crescentes expectativas de cortes da Fed continuam a impulsionar a confiança dos investidores, com os mercados accionistas a subirem e as yields obrigacionistas a caírem.

As expectativas crescentes de cortes da Fed continuam a dar suporte ao mercado bolsista. Ontem, os principais índices norte-americanos encerraram em alta, e o apetite pelo risco manteve-se na Ásia, estendendo-se também ao início da sessão na Europa.

Ontem, os principais índices bolsistas norte-americanos subiram pela terceira sessão consecutiva, à medida que os investidores se tornam cada vez mais optimistas de que a Reserva Federal poderá cortar as taxas de juro na sua reunião de Dezembro.
Os dados divulgados, relativos ao mês de Setembro, indicaram um abrandamento no consumo e uma continuação do arrefecimento da inflação.
Os mercados veem agora uma probabilidade de cerca de 85% de um corte das taxas por parte da Fed em Dezembro, bem acima dos 50% de há uma semana. Além disso, a incerteza sobre a sucessão de Jerome Powell ganhou novo destaque, com rumores de que o próximo presidente da Fed poderá ser anunciado antes do Natal, sendo Kevin Hassett visto como favorito, o de perfil mais dovish dentro dos candidatos ao lugar.
O índice Dow Jones liderou os ganhos ao subir 1,43%, o S&P 500 avançou 0,91% e o Nasdaq 0,67%.

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas negociaram também em alta, seguindo o caminho trilhado pelos seus congéneres norte-americanos.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão a ganhar 1,90% e o Topix 1,96%.
Na Austrália, o índice ASX 200 avançou 0,81%, após dados da inflação acima das estimativas, e o índice Kospi, da Coreia do Sul, subiu 2,67%, liderando os ganhos.
Na China, o índice CSI300 avançou 0,61% e o Hang Seng, de Hong Kong 0,13%, enquanto o Shanghai Composite recuou marginalmente 0,15%.
Na Índia, os principais índices seguem em ganhos expressivos, com o Nifty 50 a subir 1,09% e o Sensex 1,16%.

Na Europa, os mercados accionistas estão também a começar o dia em terreno positivo, embora com ganhos mais modestos.
O índice Euro Stoxx 50 segue de momento a avançar 0,20% e o Euro Stoxx 50 0,30%.
Na Alemanha, o índice DAX avança 0,13%, o CAC 40 de França 0,11% e o FTSE 100 0,13%, a poucas horas da apresentação do Orçamento de Outono de Rachel Reeves.

No mercado cambial, notícias de ontem de que a Ucrânia teria concordado com o novo plano norte-americano de 19 pontos para a paz com a Rússia, levou a pressões sobre o dólar e impulsionou o euro. As pressões sobre o dólar aumentaram com rumores de que a escolha para substituir Powell na Reserva Federal seja Kevin Hasset, o de perfil mais dovish dos cinco candidatos.
O índice DXY caiu dos níveis máximos recentes, acima dos 100,00, para seguir de momento a 99,70, enquanto o EUR/USD subiu de níveis em torno de 1,1500, para chegar muito perto de 1,1600, negociando de momento a 1,1575.
A poucas horas da apresentação do Orçamento de Outono no Reino Unido, a libra segue a negociar em torno dos máximos recentes, onde o GBP/USD negocia a 1,3180 e o EUR/GBP a 0,8780.
O iene japonês está a começar o dia a recuar dos recentes ganhos impulsionados por mais intervenções verbais. O USD/JPY, que chegou a negociar abaixo de 156,00, cota de momento a 156,40 e o EUR/JPY está de novo acima de 181,00.
O franco suíço recupera das recentes perdas, ao mesmo tempo que as esperanças do plano de paz para a Ucrânia chegue a bom porto. O EUR/CHF negocia de momento a 0,9335 e o USD/CHF a 0,8065, recuando respectivamente de máximos a 0,9355 e a 0,8100.

O ouro segue a negociar em alta, impulsionado pelas expectativas de cortes de taxas de juro nos Estados Unidos e pela queda das yields obrigacionistas.
A onça de ouro segue de momento a negociar a 4.158,60 dólares.

Os preços do petróleo caíram ontem, após notícias de que a Ucrânia teria concordado com o novo plano de paz dos Estados Unidos de 19 pontos. Uma paz entre a Ucrânia e a Rússia levará a um aumento do número de barris de petróleo a chegar ao mercado, colocando pressão sobre os preços.
Os preços seguem hoje a negociar pouco alterados, com o Brent a cotar de momento a 61,80 dólares por barril e o WTI a 57,80 dólares.