O EUR/USD mantém-se em compasso de espera antes da reunião da Fed. O par prolonga a sua volatilidade reduzida, oscilando em torno dos 1,1600 sem grandes sobressaltos.

Os mercados mantêm-se numa postura expectante, com os olhos postos na próxima reunião da Reserva Federal agendada para a semana que vem. Aguardam-se não só a decisão sobre as taxas de juro, como também a actualização das projecções económicas – um exercício particularmente desafiante dada a escassez de dados disponíveis – e, naturalmente, os dot plots, que oferecerão ao mercado pistas mais concretas sobre a trajectória futura da política monetária do banco central americano.

Se há uma semana já assinalávamos a fraca volatilidade no EUR/USD, esta semana o cenário acentuou-se. Ainda que as expectativas de cortes nas taxas de juro tenham voltado a ganhar força, o par cambial limitou-se a recuperar as perdas da semana transacta, sem mais, apesar da descida generalizada nas yields americanas. Nem sequer as notícias recorrentes que vão alimentando a possibilidade de um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia conseguiram proporcionar à moeda única mais do que um apoio ténue.

Do lado dos indicadores económicos, tanto na Europa como nos Estados Unidos, nada surgiu que pudesse abalar a dinâmica dos mercados financeiros, que operaram com liquidez limitada, embora mantendo apetite pelo risco.

A agenda desta semana não parece trazer elementos capazes de alterar significativamente este panorama.
Nos Estados Unidos, o índice Core PCE já pertence claramente ao passado, reportando-se a Setembro. Os dados do ISM ou da Universidade de Michigan, baseados em sondagens, dificilmente terão impacto substancial.
Na Europa, após os indicadores nacionais divulgados na semana anterior, não se antecipam surpresas nos números da inflação.

Na minha opinião, o EUR/USD deverá prolongar este padrão de volatilidade contida, gravitando em torno dos 1,1600. Um avanço nas conversações de paz entre Ucrânia e Rússia poderá conferir algum suporte ao euro, empurrando o par para os 1,1700; inversamente, uma escalada de tensões, seja no flanco europeu oriental, seja na América do Sul – particularmente entre Estados Unidos e Venezuela –, poderá fortalecer a divisa americana e exercer pressão descendente sobre o EUR/USD.
Sem querer soar repetitivo, mas… numa perspectiva de médio a longo prazo, o EUR/USD deverá continuar a beneficiar de um BCE com postura mais restritiva face a uma Reserva Federal potencialmente mais acomodatícia.

Os meus cenários para a semana

Cenário Base: O EUR/USD mantém a volatilidade contida, negociando entre 1,1550 e 1,1650. O par permanece lateralizado, aguardando catalisadores mais significativos.

Cenário de Força do Euro: O par aproxima-se dos 1,1700-1,1750. Os dados do ISM surpreendem pela negativa, levando a um aumento das expectativas de cortes de taxas por parte da Fed. Simultaneamente, declarações de membros do BCE reforçam uma postura hawkish face a uma inflação que surpreende em alta. Progressos concretos nas negociações de paz Ucrânia-Rússia fortalecem a confiança no euro.

Cenário de Força do Dólar: O EUR/USD recua para a zona dos 1,1450-1,1500. Escalada de tensões geopolíticas impulsiona procura por activos refúgio. Dados económicos americanos superam expectativas, reforçando a resiliência da economia norte-americana.



Tecnicamente

Gráfico EUR/USD semanal

Fonte XTB xStation 5


O EUR/USD recuperou na semana passada as perdas da semana anterior, voltando bem para dentro do intervalo de consolidação alargado entre 1,1500 e 1,1800, continuando a negociar em volatilidade reduzida.

O MACD mantém-se positivo, mas a força do momentum continua a desacelerar, enquanto o RSI, acima da linha de 50, mantém o momentum ascendente dos últimos nove meses.

A área 1,1573/1,1600 continua a ser testada. O EUR/USD voltou na semana passada a negociar em volatilidade bastante reduzida, com o preço a ficar contido entre 1,1502 e 1,1613, numa inside candle da vela da semana anterior que ficou entre um mínimo de 1,1491 e um máximo de 1,1624.

Um break de 1,1656, dado pelo máximo do mês de Novembro (uma resistência reforçada de momento pela média móvel das 21 semanas), poderá levar o EUR/USD de novo a tentar testar a resistência dada pelo topo da área de consolidação alargada, dada pelo máximo de Julho a 1,1830.

O quebrar da área 1,1467/1,1491, dada pelo mínimo do mês de Novembro e da mínimo das últimas duas semanas, poderá levar à continuação do cenário bearish do par, com um primeiro objectivo a poder ser encontrado nos 1,1391, o mínimo do primeiro dia de Agosto, que se quebrado irá expor a referência dada pelo mínimo de Maio deste ano a 1,1065.

Gráfico EUR/USD diário

Fonte XTB xStation 5

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O EUR/USD volta a negociar acima da média móvel dos 21 dias, e mantém-se na área de consolidação 1,1542/1,1645, negociando em volatilidade reduzida.

Os indicadores de momentum seguem a mostrar a falta de direcção, priorizando a continuação de consolidação. O RSI começa a semana de novo acima da linha de 50 (53), mas com a linha flat, e o MACD abaixo da linha neutra e com a linha de MACD a cruzar de forma ascendente a linha de Sinal.

O ultrapassar do máximo da semana a 1,1613, poderá sinalizar a continuação do movimento ascendente do par, que terá como próximo objectivo a área de resistência 1,1645/1,1669, que está reforçada pelos 38,2% Fibonacci Retracement do movimento máximo do ano / mínimo de Novembro e por Senkou A (actual base da Nuvem de Ichimoku). O break desta área irá colocar o EUR/USD numa tendência de médio prazo, com o objectivo a poder estar nos 61,8% Fib do mesmo movimento a 1,1746.

O quebrar da média móvel dos 21 dias, que começa a semana a 1,1560, poderá levar de novo a um teste à área 1,1491/1,1542. O quebrar desta área de suporte irá expor a referência dada pelo mínimo de Novembro a 1,1467, que se por sua vez quebrado colocará na mira dos mercados o importante suporte dado pela média móvel dos 200 dias, de momento a 1,1432.


Resistências - Suportes

1,1665 - 1,1542

1,1746 - 1,1491

1,1830 - 1,1432