Amanhã destacamos
Reserva Federal dos Estados Unidos

Amanhã destacamos Reserva Federal dos Estados Unidos

O destaque desta quarta-feira vai para a última decisão de política monetária deste ano da Reserva Federal dos Estados Unidos

No final do dia, iremos ter a decisão de taxas de juro por parte do FOMC, onde o mercado não espera outro desfecho que não seja o de uma redução de 25 pontos base, do intervalo 3,75-4,00% para 3,50-3,75%.
Os mercados irão estar especialmente atentos à comunicação de Jerome Powell e das projecções dos diversos elementos do FOMC, com a divulgação dos dot plots. De momento os mercados apontam para dois a três cortes durante 2026, uma projecção que se fique pelos dois cortes poderá fornecer algum suporte ao dólar, enquanto que três cortes poderá acelerar as suas perdas.
Na última reunião, Jerome Powell teve um registo mais hawkish, a continuação dessa comunicação poderá também arrefecer um pouco as actuais expectativas de cortes de taxas de juro num futuro próximo.

Mas o dia começa com a China a divulgar os seus dados da inflação, relativos ao mês de Novembro. As previsões mostram uma subida mensal nos preços de 0,3%, acelerando dos 0,2% em Outubro, com a inflação em termos anuais a subir de 0,2% para 0,9%. Teremos também a inflação à porta das fábricas que, segundo as estimativas, deverá manter a deflação de 2,1% apresentada no mês anterior.

Pela manhã, em Itália, teremos os números da produção industrial, onde as previsões mostram uma queda de 0,5%, após o crescimento de 2,8% no mês anterior, e ainda a taxa de desemprego trimestral que deverá manter-se nos 6,3%.

À tarde, nos Estados Unidos, teremos o índice de custo do emprego relativo ao terceiro trimestre, onde os mercados prevêem que mantenha o mesmo ritmo de crescimento do trimestre anterior de 0,9%.

Além da Fed teremos ainda mais dois bancos centrais a decidirem sobre política monetária:

O Banco do Canadá deverá manter a sua taxa de juro nos actuais 2,25%, após o PIB do terceiro trimestre ter crescido 2,6% em termos anualizados, superando claramente as projecções, e o mercado de trabalho ter mostrado sinais de estabilização, com uma criação líquida robusta de emprego e uma descida da taxa de desemprego para 6,5% em Novembro.

O Banco do Brasil deverá manter a sua taxa de juro nos actuais máximos de 15%, apesar da inflação mostrar sinais contraditórios, com a economia doméstica ainda aquecida e pressões políticas crescentes sobre a autoridade monetária.

Ainda iremos poder ouvir Christine Lagarde a falar sobre o futuro do euro e do dólar enquanto moedas globais, na Conferência de Conselhos de Administração do Financial Times, em Londres.


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