Os mercados financeiros seguem em volatilidade e liquidez reduzida, num mês típico de baixos volumes de transações, aguardando por decisões de política monetária da Reserva Federal no final do dia de hoje

Ontem, os mercados accionistas norte-americanos terminaram a sessão mistos, após dados do mercado de trabalho mais animadores. A ADP mostrou que a média das quatro semanas até 22 de Novembro foi de um ganho líquido de empregos de 4.750, depois da queda de 13.500 duas semanas atrás. O número de novas vagas de emprego JOLTS, relativas a Setembro e Outubro, saiu também acima das estimativas, mostrando cerca de 7,7 milhões de vagas.
Com os investidores a descontarem um corte de 25 pontos na decisão de hoje da Fed, mas aguardando pelas projecções para o próximo ano, os principais índices de Wall Street terminaram a sessão entre ganhos e perdas, pouco alterados dos valores iniciais.
O índice Dow Jones recuou 0,37% e o S&P 500 0,09%, enquanto o Nasdaq avançou 0,13%.

Esta noite, na Ásia, os mercados accionistas mantiveram-se relativamente neutros, tal como o fizeram os seus congéneres norte-americanos.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão a recuar 0,12%, enquanto o Topix avançou 0,12%.
Na Austrália, o índice ASX 200 recuou marginalmente 0,08% e o Kospi, da Coreia do Sul, 0,21%.
Na China, após a inflação ter atingido um máximo de mais de um ano a 0,7%, os índices CSI300 e Shanghai Composite recuaram 0,14% e 0,23%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,42%.
Na Índia, o índice Nifty 50 segue de momento a recuar 0,32% e o Sensex 0,19%.

Os mercados accionistas europeus estão a começar o dia a negociar em terreno negativo, depois da Assembleia Nacional de França ter aprovado um projecto de lei de segurança social para o próximo ano, evitando uma potencial crise governamental e aumentando as hipóteses de aprovação de um novo orçamento até ao final do ano.
Os índices Euro Stoxx 600 e Euro Stoxx 50 estão a começar o dia a recuar cerca de 0,21%. Os índices DAX e CAC 40, da Alemanha e França, respectivamente, seguem a recuar 0,32%, enquanto no Reino Unido o índice FTSE 100 segue praticamente inalterado (-0,01%).

No mercado cambial, o dólar está a começar o dia a recuar dos máximos da semana enquanto aguarda pela Fed, com o índice DXY a negociar em torno de 99,00 e o euro segue impulsionado pelos acontecimentos políticos franceses, levando o EUR/USD de novo para os 1,1650.
A libra recua dos recentes máximos, com o GBP/USD a negociar de momento a 1,3320 e o EUR/GBP a 0,8750.
O iene continua a negociar em perdas, em torno dos mínimos da semana, com o USD/JPY a começar o dia a negociar a 156,70 (recuando de níveis de ontem acima de 157,00) e o EUR/JPY em máximo acima dos 182,00.
O franco suíço segue pouco alterado relativamente ao fecho do dia de ontem, negociando em ganhos muito ligeiros, onde o USD/CHF cota de momento a 0,8040 e o EUR/CHF a 0,9375.

O ouro segue pouco alterado apesar de pressionado por yields obrigacionistas em alta e pelos recentes ganhos do dólar. A onça de ouro continua a consolidar em torno dos 4.200 dólares.

Os preços do petróleo voltaram ontem a negociar em perdas após a EIA nos Estados Unidos ter afirmado no seu último relatório que o Brent deverá negociar a 55 dólares no primeiro trimestre de 2026 e que se manterá estável durante o resto do ano.
Por outro lado, a API no seu relatório semanal mostrou uma queda de 4,8 milhões de barris nos inventários de crude norte-americano, ao mesmo tempo que as reservas de gasolina aumentaram em 7 milhões de barris.
Os preços continuam hoje em queda, onde o Brent segue de momento a negociar a 62,00 dólares por barril e o WTI a 58,30 dólares.