Amanhã destacamos
Banco Nacional da Suíça
Nesta quinta-feira as atenções estão de novo voltadas para decisões de política monetária, em especial para a do banco central suíço.
Na Suíça, teremos a última reunião deste ano do Banco Nacional Suíço, que deverá manter a sua taxa de juro inalterada nos 0%.
A contracção da actividade no terceiro trimestre, a primeira em mais de dois anos, e a persistência da inflação abaixo de zero reforçam as expectativas de que a política monetária se mantenha expansionista por um período prolongado. Embora o banco central admita uma ligeira aceleração da inflação nos próximos trimestres, o risco de um franco demasiado forte permanece central na avaliação do banco central suíço.
Os mercados antecipam, assim, uma decisão sem mudanças imediatas, mas estarão particularmente atentos às novas projeções de inflação e ao tom da conferência de imprensa. Qualquer sinal de maior disponibilidade para intervir no mercado cambial ou de abertura a juros novamente negativos poderá ter impacto direto nas yields da dívida suíça e na dinâmica da sua moeda.
Será também dia de decisões na Turquia.
Os dados de inflação de Novembro sugerem que há espaço para continuar o ciclo de cortes de taxa, mas os últimos números do PIB do terceiro trimestre e indicadores antecipados para o quarto trimestre apontam para uma procura mais fraca, criando pressões de risco em alta sobre a inflação.
Os mercados apontam para que o banco central mantenha uma abordagem cautelosa, avançando provavelmente com um corte de 100 pontos base nesta reunião de Dezembro.
Mas há mais além de bancos centrais.
As atenções começam por ir para a Austrália, onde esta noite irá divulgar dados do mercado de trabalho. Segundo as previsões, a taxa de desemprego deverá subir de 4,3% para 4,4%, mas com a taxa de participação a subir de 67% para 67,1%. A economia australiana deverá ter acrescentado em Novembro 5.000 novos empregos, com um aumento de 10.000 a tempo parcial e uma redução de 5.000 a tempo inteiro.
Na Nova Zelândia teremos os números das vendas manufactureiras do terceiro trimestre, que deverão mostrar uma contracção de 0,3%, após a redução de 0,6% no trimestre anterior.
No Japão teremos a divulgação do índice manufactureiro BSI que deverá mostrar uma subida de 3,8 para 4,2.
No Reino Unido iremos ter o índice RICS House Price Balance que deverá acelerar a queda de -19% para -20%.
Em Itália, teremos a taxa de desemprego do terceiro trimestre que deverá manter-se nos 6,3%.
No Canadá, a balança comercial de Setembro deverá mostrar um défice de 4,3 mil milhões de dólares canadianos, após 6,3 mil milhões no mês de Agosto.
Finalmente, nos Estados Unidos, voltamos a ter os habituais números semanais de novos pedidos de subsídio de desemprego, onde as estimativas apontam para 221 mil, após os 191 mil da semana passada. Teremos também os números atrasados da balança comercial do mês de Setembro, onde as previsões apontam para um défice de 64,7 mil milhões de dólares, após os 59,6 mil milhões do mês de Agosto.
Poderemos ainda ouvir Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra, que irá participar na Conferência de Conselhos de Administração do Financial Times, em Londres.