Café da Manhã
Entre ganhos e perdas
Os mercados financeiros continuam a negociar entre ganhos e perdas enquanto se encaminham para o final do ano, com dados do emprego norte-americano não conclusivos e mais tensões na América do Sul
Ontem, nos Estados Unidos, o relatório oficial do mercado de trabalho mostrou que o número de empregos aumentou em 64.000 em Novembro, após uma queda de 105.000 em Outubro devido a um declínio no emprego federal. A taxa de desemprego subiu para 4,6% no mês passado, face aos 4,4% de Setembro, a mais elevada desde 2021.
Os ganhos médios por hora relativamente ao ano anterior subiram 3,5%, abaixo dos 3,7% registados em Outubro. A criação de emprego continua a abrandar e o desemprego está a aumentar, o que significa que a ala mais dovish da Reserva Federal continuará a defender novos cortes nas taxas de juro.
Por outro lado, as vendas a retalho forma mais fortes do que o esperado.
Na frente geopolítica, enquanto os mercados continuam a avaliar as probabilidades do plano de paz para acabar com o conflito na Ucrânia, seguem também de olho nos desenvolvimentos entre os Estados Unidos e a Venezuela, após Donald Trump ter anunciado um bloqueio aos petroleiros que entram e saem da Venezuela.
Wall Street terminou a sessão de ontem entre ganhos e perdas, onde o índice Dow Jones recuou 0,62% e o S&P 500 0,24%, enquanto o Nasdaq avançou 0,23%.
Esta noite na Ásia, os mercados accionistas negociaram maioritariamente em terreno positivo, mas com algumas excepções.
No Japão, o índice Nikkei terminou a sessão a avançar 0,43%, enquanto o Topix permaneceu praticamente inalterado (-0,03%).
Na Austrália, o índice ASX 200 recuou 0,16%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, ganhou 1,43%.
Na China foi um dia de ganhos, com o índice CSI300 a avançar 1,83%, o Shanghai Composite 1,19% e o Hang Seng, de Hong Kong, 0,92%.
Na Índia, os principais índices Nifty 50 e Sensex, seguem de momento a recuar cerca de 0,25%.
Na Europa, o dia está a começar com os mercados accionistas a negociarem também em terreno positivo.
O índice Euro Stoxx 600 segue de momento a avançar 0,38% e o Euro Stoxx 50 0,29%.
Na Alemanha, o índice DAX ganha 0,25% e o CAC 40, de França, 0,14.
No Reino Unido, após dados da inflação abaixo do esperado, o índice FTSE 100 segue de momento a ganhar 1,34%, com os investidores a esperarem por um corte de taxas de juro na reunião de amanhã do Banco de Inglaterra.
No mercado cambial, as expectativas de taxas de juro começam a fazer aumentar um pouco a volatilidade neste final de ano.
O dólar, após os dados do emprego de ontem que levaram inicialmente a expectativas renovadas de corte de taxas nos Estados Unidos, registou mínimos dos últimos meses, com o índice DXY a atingir os 97,50, enquanto o EUR/USD “tocou” os 1,1800. As tensões geopolíticas levaram a uma recuperação do dólar, que segue de momento com o índice DXY a negociar a 98,20 e o EUR/USD de volta a 1,1720.
Os dados da inflação no Reino Unido levam os mercados a descontar já um corte de taxas na reunião de amanhã do Banco de Inglaterra, e a libra está a começar o dia em perdas acentuadas. O GBP/USD negocia de momento a 1,3330 e o EUR/GBP a 0,8790.
O iene japonês está a começar o dia a recuar dos ganhos registados durante a semana, com o USD/JPY a negociar de momento a 155,50 e o EUR/JPY a 182,20, após os mínimos de 154,40 e 181,60, respectivamente.
O franco suíço também está a começar o dia a negociar em perdas, com o USD/CHF a negociar de momento a 0,7985 e o EUR/CHF a 0,9355.
O ouro está a começar o dia de hoje de novo em alta, impulsionado pelo aumento das tensões geopolíticas. A onça de ouro segue de momento uma vez mais acima dos 4.300 dólares (de momento a 4.320,50).
Os preços do petróleo seguem também suportados pela decisão do embargo à entrada e saída de petroleiros na Venezuela, e estão a começar o dia em alta, recuperando dos mínimos dos últimos meses atingidos esta semana.
O Brent negocia de momento a 60,10 dólares por barril e o WTI a 56,30.